segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Pensamento

“Coragem não é a ausência do medo, mas a capacidade de reagir a ele.”
(Ditado popular)

            Medo todos temos, portanto é algo natural. Aliás, ele até pode ser muito útil quando nos protege e nos evita de fazer alguma bobagem que nos coloque em perigo. Então o medo não é de todo mal e contribuiu muito no nosso processo de evolução. Mas medo em demasia não serve para nada além de atrapalhar em aproveitar a vida.
Sentir medo, de várias coisas e maneiras, de forma muito intensa paralisa, tornando a pessoa temerosa em viver experiências. Teme errar e que as experiências resultantes dos erros sejam más e negativas e que venham a machucá-la profundamente e sem possibilidade de reparação. Sendo assim se refugia na imobilidade e não cresce.
            Para que não seja desse jeito é necessário reagir a esse medo criando espaço na mente onde os erros, que porventura vierem, sejam acolhidos e que com eles se aprendam. Ao evoluir através das aprendizagens criamos mais e mais confiança que por fim fazem com que não nos apeguemos ao medo, mas sim na sadia ousadia que nos permite viver melhor. Para se ter coragem é necessário abrir o coração para vida e o que ela tem a oferecer. A palavra coragem vem do latim cor que quer dizer justamente coração. Inflem seus corações para enfrentar os medos que te possuem!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Pergunta de Leitor - Maneiras Arcaicas


Sou um homem pai de família e sempre correto com minhas mulheres. Tenho uma esposa e duas filhas. Minha filha mais velha tem 17 anos. Ela quer fazer vestibular para direito e o problema é que eu não acredito que uma faculdade seja bom. Claro que estudar é bom, mas nas faculdades eu só vejo jovens perdidos e drogados. E ela quer namorar um rapaz aí, a minha mulher me contou. Não sei quem é esse rapaz, só sei que ele nem evangélico é. E isso não vou permitir. Nós somos evangélicos e eu não quero que ela namore alguém que não seja digno dela. Eu quero alguém correto. Queria casar minha filha com alguém de respeito. Só que ela anda ultimamente muito revoltada e me peitando. Ela não entende que eu só quero o bem dela. Eu sou o homem da casa e não admito desrespeito comigo. E não quero perder minha filha. O que eu faço para ela entender a situação?

            Não quer que a filha estude porque nas faculdades só tem perdidos e drogados. Não permite que ela namore e quer que se case só com alguém que seja do seu critério. É o homem da casa e não admite ser contrariado. Céus! Em que século você parou? Se assemelha àquela imagem dos antigos coronéis que tratavam a família e principalmente as mulheres como se fosse seu rebanho de cabras. Elas não são cabras, mas pessoas.
            Sua filha não é uma propriedade que você tem a posse, portanto não há porque temer perdê-la. Só se perde o que se tem. Agora você pode sim perder a confiança dela. Já está perdendo. Para que isso não piore é necessário que você mude e pare de agir de forma tão arcaica.
             É compreensível que sua filha o esteja peitando. Ela quer e tem o direito de descobrir a vida. Nem todos os universitários são drogados e perdidos e ela só tem a ganhar em estudar e se tornar uma boa profissional. Quer tirar isso dela? Quanto ao namorado, pois possivelmente eles já estão namorando, você fez dele o demônio sem nem mesmo conhecê-lo. Se você abrir a porta da sua casa a esse namoro você terá a chance não só de parecer mais acolhedor como também vir a saber que esse rapaz pode ser muito bom, mesmo não sendo evangélico. Ou será que você pensa que só evangélicos têm bom caráter?
           Sua filha não precisará te peitar se você passar a tratá-la como uma pessoa. Quem impõe regras ditatoriais e impossíveis de serem seguidas convida o outro a transgredir. Você se apega a ilusão do controle e quando abrir mão dessa ilusão e priorizar um verdadeiro relacionamento com sua filha ela poderá te respeitar. Caso persista na imagem do velho coronel você só a afastará.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Pensamento

Há pessoas que transformam o sol numa simples mancha amarela. Mas há, também, aquelas que fazem de uma simples mancha amarela, o próprio Sol. 
(Pablo Picasso)

            Picasso, com essa frase acima, falava da arte, mas essa mesma citação também pode servir para falar da vida. A arte só pode existir se houver criação. O verdadeiro artista está sempre inventando e reinventando e jamais se acomoda. Faz parte do trabalho artístico inovar e quebrar velhos conceitos e paradigmas para ajudar nascer algo novo. A verdadeira arte não precisa razão para existir, ela simplesmente é e abre uma nova janela onde o humano pode se ver.
            Ao olharmos para a biografia e obras de Picasso podemos vislumbrar a visão de um gênio. Foi genial porque ousou romper com tudo que lhe havia sido ensinado e usar seu conhecimento, suas experiências e talento para criar o inusitado. Seu envolvimento com sua arte era tão intenso que o permitiu seguir adiante mesmo quando os comentários e críticas sobre o que fazia lhes eram desfavoráveis. O que lhe importava mais era fazer da mancha o próprio sol e não o contrario. Ele, certamente, não temeu se comprometer com sua própria vida e isso pode ser visto através das riquezas de seus trabalhos que não deixam duvidas de sua capacidade criativa.
            Nem todos somos artistas inovadores e capazes de criar obras. No entanto, somos artistas de nós mesmos. Podemos e devemos criar e recriar nossas vidas quantas vezes forem necessárias para que possamos fazer delas nossas obras primas. Quebrar velhos hábitos que nunca nos levarão a nada novo e só nos conduzirá ao mesmo caminho com os mesmos resultados. É importante não se acomodar e usar das experiências de vida como matéria prima para modelarmos a obra que criaremos. Comprometimento consigo mesmo é vital para ser um verdadeiro artista de si mesmo. Quando a vida não vai bem, quando ela está pesada e sem sentindo é preciso criar um significado novo. Não deixar que a vida se transforme apenas numa mancha é um trabalho artístico ao qual todo nós somos chamados a realizar. 

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Pergunta de Leitora - Mau-olhado

Morro de inveja da minha irmã. Ela é casada com um home bonito e rico, tem um bom trabalho e não precisa se preocupar com nada. Eu nem namorado tenho, trabalho num lugar que nem paga bem e só tenho tristezas. Quando minha irmã conta algo bom eu não consigo me controlar e fico de cara amarrada. Não sorrio e o dia acaba para mim. Me assusto comigo mesma ao perceber que posso ter tanta inveja assim da minha irmã que sempre foi muito boa. Queria ser ela e ter a vida dela. Não queria ser quem sou. As vezes de noite eu fico criando ilusões e um dia sem querer eu imaginei que minha irmã morria num acidente e eu pegava o lugar dela e tinha a vida dela. Na hora foi tão boa essa ilusão, mas agora me sinto suja. Como domino a minha inveja?

            Você diz que “foi sem querer” que imaginou a morte da sua irmã e você tomando o lugar dela. Sem querer implica um descuido da parte de alguém, algo que alguém não tencionava fazer. No seu caso o descuido foi da sua consciência que permitiu que esses impulsos existentes na sua mente viessem à tona revelando a destrutividade da inveja que sente.
            Fica claro no seu email que você considera sua irmã uma pessoa que tem tudo e você nada. Por que será que você precisa se colocar para baixo? Por que você estabeleceu como verdade que sua irmã pode tudo e você nada? Será que há um prazer inconsciente em colocar as coisas nestes termos? Poderá encontrar as respostas para essas perguntas ao analisar sua história de vida e assim se libertar desse sentimento de menos-valia e não ficar mais presa à posição que hoje você está.
            O que te assustou foi se dar conta de que a inveja é um sentimento altamente destrutivo. O popular mau-olhado é quando você se olha de uma maneira cruel, destruindo tudo que de bom pode haver em sua mente. Quanto mais você ataca o objeto da sua inveja mais você se sente desprovida de coisas boas o que por fim alimenta ainda mais a inveja que tem dos outros. É um círculo vicioso que pode ser quebrado à medida que for construindo uma imagem de si mais auto-confiante nas suas capacidades e potencialidades.
            Ao se debruçar sobre sua história há a chance de ver a origem desses sentimentos, se reconstruir e colocar mais coisas boas em sua mente para assim não ficar tão vulnerável à inveja. Para conseguir dominar a inveja que sente é preciso que você venha a construir uma mente, largar mão do imperativo que a leva a se rebaixar e começar a viver a sua vida. Seria bom você contar com a ajuda de um analista que saiba te escutar e te ajude nesse trabalho.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O passado na psicanálise

            Muitas pessoas se perguntam por que a psicanálise se volta para o passado da história de vida do analisando. Acham isso um desperdício de tempo, dinheiro e que nada mais é do que um capricho. Muitos dizem que o passado já passou e não há mais o porque de se voltar a ele e que devem apenas seguir em frente. No entanto, há uma forte razão para que assim seja.
            Na análise há alguns momentos em que se voltar para o passado faz todo sentido para se entender o presente. Todas as pessoas carregam uma história e é através dela que pode-se entender como algumas coisas que não ficaram bem resolvidas ainda cobram, no tempo presente, um preço muito alto na qualidade de vida. Alguns fatos passados ficam como marcas e muitas delas machucam. Então durante a análise tem-se a chance de ver esse passado com outro olhar e com isso encontrar alternativas que permitam suavizar essas marcas.
            Voltar-se ao passado não é só uma questão de ficar preso a ele e se lamentar, mas sim a oportunidade de enfrentá-lo e criar para si outra história onde existe a possibilidade de haver liberdade. É se recriar. São muitos os que se mantêm atados ao passado e assim vivem o presente como se ainda estivessem num tempo que já não mais existe. Estão parados no tempo e viver dessa forma causa um empobrecimento na vida. Por isso, enfrentar o passado e se reconstruir são uma das melhores maneiras de viver um presente bem mais confortável e um futuro bem mais alentador.
            Para se compreender esse passado é preciso tempo e trabalho. Em outras palavras é necessário paciência para que as coisas comecem a fazer sentido. Não existe uma coisa tal qual uma Fast-Análise.  É como um trabalho artesanal que demanda dedicação. Se recriar é tal como uma obra de arte que necessita de atenção. Confúcio, pensador chinês da antiguidade, tem uma frase que vem bem a calhar: Para se entender o presente e construir o futuro, é necessário estudar o passado.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Pergunta de Leitor - Desejar falar


Como posso ter garantias de que vou me beneficiar de uma terapia? Ainda mais levando em consideração que é sempre um processo demorado e que custa caro. Até hoje não estou convencido de que essa historia de terapia ajuda. Acho que é cada um por si afinal ninguém tem como resolver os problemas dos outros. Quais são seus argumentos que me convenceriam de que eu poderia tirar alguma vantagem de estar em terapia?

            Realmente não tenho nenhum argumento que te convenceria de que a psicoterapia pode ser de alguma ajuda, até porque não acredito no ato de convencer alguém. Você me pede que eu aja como um pregador, ou seja, como alguém que acredita possuir alguma verdade e resolve pregá-la. A psicoterapia está longe de ser isso.
             Não há como ter garantias quando você inicia um processo psicoterápico. A psicoterapia implica numa relação que se estabelece entre psicoterapeuta e paciente e não se trata de um bem que você adquire que vem com certificado de garantia. Nesse relacionamento, pelas palavras que o paciente usa para contar sua vida, há a possibilidade do paciente vir a se enxergar com outros olhos, através dos apontamentos que o psicoterapeuta lhe faz, e assim buscar mudanças que venham melhorar o modo como vive. Portanto é equivocada a sua idéia de que um psicoterapeuta vai resolver algum problema.
            A conversa psicoterapêutica pode abrir os horizontes internos de uma pessoa permitindo que ela encontre alternativas para situações que trazem angústia e dor. Até arrisco dizer que a psicoterapia pode oferecer uma maneira do paciente se reeducar para viver melhor. Ao falar o paciente se dá conta da historia que constrói para si e pode se entender e se aceitar. Por isso não é um processo rápido.
          Para alguém se beneficiar de uma psicoterapia não é necessário convencimento algum. Basta a pessoa desejar falar e encontrar um profissional que a escute e interprete sua fala . As mudanças aparecem conforme esse processo for ocorrendo.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Pensamento



Um Mestre passeava por uma floresta com seu jovem discípulo, quando avistou ao longe um sítio de aparência pobre, e resolveu fazer uma breve visita.
Durante o percurso ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e das oportunidades de aprendizado que temos, também com as pessoas que mal conhecemos.
Chegando ao sítio constatou a pobreza do lugar, sem acabamento, casa de madeira e os moradores, um casal e três filhos, vestidos com roupas sujas e rasgadas. Aproximou-se do senhor, que parecia ser o pai daquela família, e perguntou: "Neste lugar não há sinais de pontos de comércio, nem de trabalho. Como vocês sobrevivem"?       
Calmamente veio a resposta:
"Meu senhor, temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte nós vendemos ou trocamos na cidade mais próxima por outros gêneros de alimentos. Com a outra parte fazemos queijo, coalhada, etc., para o nosso consumo... e assim vamos sobrevivendo".
O Mestre agradeceu a informação, contemplou o lugar por uns momentos, despediu-se e foi embora. No meio do caminho, em tom grave, ordenou ao seu fiel discípulo:
"Pegue a vaquinha, leve-a até o precipício e empurre-a lá para baixo".
Em pânico, o jovem ponderou ao Mestre que a vaquinha era o único meio de sobrevivência daquela família. Percebendo o silêncio do Mestre, sentiu-se obrigado a cumprir a ordem. Assim, empurrou a vaquinha morro abaixo, vendo-a morrer.
Essa cena ficou marcada na memória do jovem durante alguns anos. Certo dia, ele decidiu largar tudo o que aprendera e voltar ao mesmo lugar para contar tudo àquela família, pedir perdão e ajudá-los.
Quando se aproximava, avistou um sítio muito bonito todo murado, com árvores floridas, carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. Ficou desesperado imaginando que aquela humilde família tivera que vender o sítio para sobreviver.
Apertou o passo e ao chegar lá foi recebido por um caseiro simpático, a quem perguntou sobre a família que ali morou há alguns anos.
"Continuam morando aqui", respondeu rapidamente o caseiro.
Surpreso, ele entrou correndo na casa e viu que era efetivamente a mesma família que visitara antes com o Mestre. Depois de elogiar o local, dirigiu-se ao senhor que era o dono da vaquinha que havia morrido:
- "Como o senhor conseguiu melhorar este sítio e ficar tão bem de vida"?
A resposta veio com entusiasmo:
- "Tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Daí em diante tivemos que aprender a fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos".
E completou feliz:
- "Assim, conseguimos conquistar o sucesso que seus olhos vêem agora"!


A acomodação é um sério risco para o desenvolvimento da nossa potencialidade. Cair na acomodação é fácil já que todos nós temos uma tendência a evitar o trabalho e se entregar àquilo que não exige esforço nenhum. Ficar acomodado é se acostumar com a pobreza que pode existir em nossas mentes sem procurar construir algo de valor. Afinal, está tudo mais ou menos caminhando, muitos pensam e até dizem, e com isso tiram a responsabilidade que têm para se desenvolverem.
É muito importante que não nos acomodemos apenas em sobreviver, mas que possamos procurar viver. Uma casa é muito mais além de um chão, paredes e teto. Ela também necessita de acabamento para transformar aquele lugar num verdadeiro lar, aconchegante e bonito. E para se concretizar o acabamento é necessário bem mais trabalho, tempo e empenho.
        Tal como damos um acabamento numa casa também podemos dar um “acabamento” em nossa vida. Para se sair da acomodação é necessário então ser diligente em trabalhar-se e não esperar que as coisas caiam do céu trazendo tudo pronto. Ser diligente consigo é ser zeloso por tudo aquilo que você faz por si e estar sempre a combater a acomodação.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Pergunta de Leitora - Palavras têm força


Tenho uma filha de 25 anos que amo, mas que me dá muito trabalho. Ela não é tão estudiosa quanto eu gostaria que fosse e ela nem se cuida como acho que deveria. Só quero o melhor para ela porque sei que a vida é dura e ingrata com quem não se sobressai. Queria que ela se empenhasse mais para ser alguém na vida, mas ela parece se contentar só com o básico. Eu sempre sonhei alto e sei que se eu tivesse tido a oportunidade que minha filha tem hoje eu seria alguém que teria feito historia, teria construído um nome. Tento passar esse desejo para minha filha, mas ela é mole e então acabamos brigando sempre. Quase todos os dias a gente discute e falo que ela não vai ser ninguém se não mudar de atitude. Falo que ela vai ser medíocre se não começar a aproveitar a juventude para conquistar um lugar no mundo. Mas isso tudo não parece assustá-la e ela nem liga. Será que minha filha poderia encontrar motivação numa psicoterapia?

            Você diz que ama sua filha, porém sua atitude é a de quem ataca. Isso acontece porque você quer que ela seja uma extensão e a realização do seu desejo e assim não deixa espaço para ela se descobrir e se desenvolver na pessoa que ela pode e deseja ser. É importante você entender que ela não é você.
            Claro que você pode desejar o melhor da vida para sua filha, no entanto ultrapassa os limites quando passa a desejar por ela. Afinal a vida é dela e ela precisa descobrir o que quer fazer. Só que agindo da forma como vem você mais atrapalha do que ajuda. Atrapalha porque humilha a sua filha ao dizer, quase afirmando, que ela vai ser medíocre e não vai ter um lugar no mundo. Ao repetir isso frequentemente você marca sua filha com a mediocridade.
            Por que você precisa agir assim com ela? Por que usa palavras tão duras e humilhantes para se dirigir a ela? Você diz que a vida pode ser dura e ingrata e você mesma acaba sendo extremamente dura com ela. Será que você sente que a vida foi dura e ingrata com você por não ter conseguido realizar seus sonhos e “feito história” e quer corrigir a sua frustração através da vida da sua filha?
            As palavras têm força. Com palavras certas você pode ajudar uma pessoa, elevá-la e mostrar bondade. Com boas palavras se faz boa política e bons relacionamentos. O amor pode ser expresso nas boas palavras. Por outro lado as palavras também têm o poder da destruição. Você pode prejudicar alguém se não toma cuidado com as palavras que usa.  Com palavras más se faz má política e guerras. Você tem muito a ganhar se fizer uma análise para aprender a usar boas palavras consigo mesma e para com sua filha. Quem sabe você se ajudando não possa lhe preparar melhor para ajudar sua filha de verdade?

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Pensamento

“A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre após cada queda”
(Confúcio)

            A vida é feita de quedas, ou melhor, a vida é feita de se refazer após as quedas. Não existe alguém que uma hora ou outra não caia. Isso faz parte do jogo de se estar vivo. Tendemos a considerar as quedas como fracassos, mas elas além de ser inevitáveis podem nos fortalecer a andar melhor.
            Uma criança que ensaia seus primeiros passos é claro que vai cair. Pode até se machucar e chorar, mas logo se refaz e tenta andar novamente. Se não fosse assim, se ela desistisse no primeiro tombo, a criança não andaria nunca. A queda também pode ser entendida não só apenas como física, mas principalmente como algo simbólico. Na vida estamos sempre propensos a cair, porém o essencial é que estejamos sempre prontos a nos levantar,
            Levantar-se passa a ser então o que vale. O tombo faz parte e todos caem. Agora se reerguer é que exige mais. Demanda mais energia e que se tenha esperanças de voltar a andar melhor e sem tropeçar nos mesmos buracos. Em outras palavras o cair é uma maneira de nós aprendermos a andar com mais desenvoltura e segurança. A grande glória do ser humano é aprender com os próprios erros e com isso evoluir.