segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Nada Será Como Antes


            Conversando com uma amiga ela manifestou o receio de encontrar alguns amigos do tempo de faculdade. Disse que lá no passado ela e esses amigos foram muito próximos, tinham muita história para contar e muitas experiências compartilhadas. Só que o tempo foi passando e os vínculos foram se desfazendo até que entre alguns nem mais havia contato há anos. Eles terminaram a faculdade vinte anos atrás e estão planejando um reencontro, no entanto ela teme o que vai encontrar.
            Teme as pessoas que um dia amou e se relacionou tão intimamente no passado, mas que agora são outras e não mais as mesmas. São outras porque ninguém atravessa a passagem do tempo sem mudanças. Muitas se deram bem, outras nem tanto. Muitas estão felizes, outras amargas. Muitas perderam pessoas queridas, muitas podem ter perdido a saúde, enfim, todas têm uma história e marcas que carregam. Essa amiga teme não reconhecer mais seus amigos.
            As coisas e as pessoas mudam e toda a mudança sempre traz certa dose de insegurança. Não dá para se impedir as mudanças, isso seria o mesmo que querer impedir a vida de acontecer. Agora, o que essa amiga precisa fazer quando reencontrar seus amigos de faculdade é aceitar as mudanças e reinventar a amizade que antes existia. Algumas, talvez, não sejam possíveis, mas outras podem ser que sim. Reinventar a amizade implica aceitar as mudanças que ocorreram e reconstruir os laços de amizade agora em outra base. É quase como partir do zero, mas sabendo que existe uma história conjunta e a força dessa história pode fazer toda a diferença.
         Ficar com ansiedade nesses momentos é natural. Seria estranho se não houvesse nenhuma carga de ansiedade. Mas suportar a ansiedade permite, nesse caso, reencontrar os amigos e construir algo novo e com outro sentido. Aqui embaixo está o vídeo de uma música de Milton Nascimento Nada será como antes que fala do reencontro. Reencontros causam alvoroço no coração, mas são experiências válidas e interessantes, mesmo que em alguns momentos doloridas.


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Pergunta de Leitora - Dizer Não é Valioso


Fico confusa com o que me acontece. Tenho 20 anos e acabei de entrar nesse ano na faculdade de medicina. Então para ter passado no vestibular eu tive que estudar muito e isso quis dizer que muito da minha vida social teve que ser adiada. Nunca fui como outras da minha idade que saiam um monte. Nunca transei até hoje e só beijei dois meninos até agora. Só que conheci um garoto que é um pouco mais velho e ele me pressionou a ter relações sexuais com ele. Ele me chamou de careta e se surpreendeu quando disse que era virgem. Primeiro ele não acreditou e depois ele riu muito e me fez sentir um peixe fora da água. Enfim, acabei transando com ele para não me sentir excluída só que estou me sentindo mal comigo mesma. Não queria ter transado mas transei para não ser uma esquisita. O que me deixa confusa é que me pergunto se gosto de sexo. Existe alguém que não quer mesmo fazer sexo? Todo mundo fala tanto de sexo que parece ser a melhor coisa do mundo, mas nada foi como eu esperava. O que se passa comigo?

            Transou para não se sentir uma esquisita e com isso transformou o sexo em obrigação. Quando o sexo adquire as cores da obrigação perde-se toda a possibilidade do prazer. O que se passou com você é que você não escolheu transar, mas transou porque se sentiu pressionada. Como isso poderia ter sido bom?
            Acreditou ser um peixe fora da água por ainda não ter tido nenhuma experiência sexual e cedeu às pressões alheias. É compreensível você estar se sentindo mal já que sua atitude foi para satisfazer o outro e não a si mesma. Esse rapaz fez com que você se sentisse uma pária e fizesse o que ele desejava e pouco ligou para o que você desejava. Ele foi perverso, pois o prazer dele estava acima de qualquer outra consideração. Só que você também foi ingênua.
            É valioso nesse momento entender a origem dessa ingenuidade, pois na sua ingenuidade você cedeu ao desejo do outro e não ligou para o que você queria. Em outras palavras, você se traiu. Cabe-lhe agora entender porque você cedeu e não pôde ter dito não. Ao não conseguir negar para o rapaz você negou para si mesma. Para que isso não se repita no futuro, não só no campo da sexualidade, mas da vida em geral, é necessário dizer não, pois quem não diz não passa por cima de si mesmo.
            Se você gosta ou não de sexo não tenho como dizer. Sua única experiência nesse assunto não foi favorável para que você chegue a alguma conclusão. É preciso mais tempo e quem sabe experiências melhores. Agora, o que importa é que você saiba que o sexo não pode ser um ato de obrigação, mas deve ser sempre uma escolha. Ninguém deve ser pressionado a transar e se a pessoa que está com você não consegue aceitar isso é preciso se desligar dela e estabelecer relacionamentos, com outro, onde seu desejo também seja levado em conta. Assim que aprender a dizer não, você não mais precisará se sentir mal.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Ilusão é Fumaça


            Hans Christian Andersen tem um conto chamado A pequena vendedora de fósforos sobre a estória de uma órfã que sobrevivia vendendo fósforos na rua. Num certo dia, véspera do natal, essa menina enfrentou a neve e o vento para conseguir vender alguns fósforos para ter o que comer, porém não teve sucesso e terminou sem nenhum tostão. Não tendo para onde ir e nem o que comer vagou pela cidade observando aqueles que tinham mais condições do que ela. Entristecida foi para debaixo de uma construção para se proteger do frio e lá ela começou acender os fósforos, um por um, e cada vez que acendia um deles imaginava que tinha aonde ir, o que comer e uma família amorosa. E assim foi, ela alucinando e os fósforos acabando. Na manhã seguinte a menina foi encontrada morta e congelada.
            Esse é um conto muito triste, não só porque revela uma verdade, da fome e do abandono, que acontece no mundo inteiro, como também revela uma outra verdade simbólica: a de que muitas vezes vivemos presos às nossas alucinações e não fazemos nada para mudar essa situação. Morremos de fome de significados.
            Quantas pessoas não preferem ficar presas às suas imaginações do que enfrentar a vida real? Gastam todos os fósforos, mas não pensam que poderiam fazer uma fogueira. Essa menina do conto não tinha condições de mudar sua situação, ela necessitava de ajuda, mas o que dizer das pessoas que tendo condições jogam fora oportunidades e coisas boas para viver no vazio da ilusão? O problema é que ilusão é que nem fumaça, ou seja, não dá para pegar.
            Para alguém se realizar de fato precisa deixar de lado as ilusões e começar a trabalhar dentro da realidade. Porém a realidade nunca é fácil como as alucinações. Estas não exigem esforço nenhum e vêm facilmente, mas tal como a fumaça não enche barriga, o que nesse caso significa que não trazem significados para a vida. É bom sonhar, pois os sonhos nos enriquecem e permitem vislumbrar uma possibilidade no futuro, mas é sempre bom lembrar que sonhar não tem nada a ver com alucinar. A alucinação é para quem não suporta a realidade, não para quem quer construir algo. É importante não nos perdemos nas nossas ilusões e viver a vida de forma mais proveitosa.

Para assistir:


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Imaginação Vazia


Acho que estou me perdendo dentro da minha própria cabeça. Explico: sou bastante imaginativo e fico criando o que chamo de “filmes mentais” dentro de mim. As vezes fico imaginando que estou dizendo coisas que queria ter dito e não disse por medo ou vergonha. Imagino que estou brigando com os outros e até imagino o que os outros iriam me responder e como iriam reagir. Toda hora isso acontece e não sei mais como dar um basta. No banho, andando na rua ou até assistindo TV. Fico preso aos filmes mentais que sei que tem grande chances de jamais se realizarem. Será que sou esquizofrênico?

            A esquizofrenia se trata de um estado no qual quem a sofre vive uma “fratura mental”. É algo que desestrutura a identidade e exige sérios cuidados e atenções, necessitando de tratamentos adequados tanto de ordem psicoterapêutica quanto de ordem medicamentosa. Em muitos momentos quem sofre desse mal cria alucinações e fica confuso sobre a realidade. Provavelmente, não é esse o seu caso.
            Seu caso parece indicar que você super valoriza os seus “filmes mentais”. Deve ser assim por que lhe é difícil abrir mão do controle que esses “filmes” lhe proporcionam. Quando as coisas acontecem apenas dentro da sua imaginação elas ficam sob seu controle, pois você “roteiriza” tudo. Desde a sua reação bem como a reação do outro. Viver assim, apenas na imaginação, é bem mais seguro e cômodo, só que irreal como bem mais empobrecido.
            A pergunta que você deve se fazer é porque dá tanto valor assim ao controle. O que tem a perder se ousar viver sem precisar fazer uso do controle? A resposta será encontrada quando se propuser a pensar e refletir sobre isso e não em criar outros “filmes” no qual se veja esquizofrênico. A vida exige ser vivida e não que você se veja sempre em filmes pré-estabelecidos.
            A imaginação é um recurso poderoso da mente, mas tudo depende de como ela é usada. Caso seja de forma infrutífera é melhor repensar e mudar. Viver só na imaginação é uma maneira de fugir da vida e de desvalorizar a potencialidade interna. À medida que você desenvolver seus recursos internos e confiar mais neles não precisará se prender a “filmes” pois terá algo bem melhor a que se apegar: a própria vida.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Dependência é Prisão


            Há pessoas que são viciadas em cigarros. Se ficam sem sentem-se mal e precisam logo acender um senão não suportam a angústia. Outras precisam beber aquela dose de álcool para se sentir bem e caso não tomem nada ficam irritadas e achando tudo sem graça. Há outras pessoas ainda que precisam fazer uso de drogas ilícitas. Só se permitem sentir bem quando se drogam. No entanto, há vários tipos de dependência que não necessitam de nenhuma substância, mas requerem um determinado tipo de comportamento como aqueles que repetem as mesmas atitudes e reagem sempre da mesma maneira. São aqueles indivíduos que nunca mudam e são extremamente previsíveis.
            Seja qual for a dependência em questão uma coisa fica clara. Toda dependência é uma prisão e quem está preso não pode ser feliz, pois prisão implica em falta de liberdade. Na dependência não há liberdade para se ser de um jeito ou outro, há apenas um impulso que diz, imperiosamente, que a pessoa deve ser de determinada maneira. Nesses casos a pessoa deixa de ser dona de si própria e vira um fantoche dos impulsos inconscientes.
            Quem desconhece o próprio inconsciente não conhece suas razões de ser, fica preso à repetição de modelos sem jamais questionar por que precisam ser desse jeito. Se repetir é uma das atitudes mais empobrecedoras que pode haver, já que quem se repete se fecha para mudanças que são sempre importantes. Aceitar mudanças significa aprender com a vida. A vida está em constante mudança quer aceitemos isso ou não. As pessoas mudam, os lugares mudam, enfim é impossível ficar sempre numa mesma situação. O ato de se repetir é uma forma de se negar a realidade da vida.
            A pessoa dependente teme as mudanças e valoriza mais a repetição do que as aprendizagens. Se apega a determinadas coisas e comportamentos já conhecidos como uma forma de querer controlar a vida e impedir as mudanças. Porém, quem não aceita a realidade não tem como estar bem. Precisa criar ilusões para se manter. Toda dependência é também uma ilusão pois deixa de ver a própria força e potência. Na antiga Grécia, no oráculo de Delfos, existia a inscrição Conhece-te a ti mesmo e essa frase continua e sempre continuará atual. Quem não se conhece corre o risco de ficar preso e isso é um preço alto demais a ser pago.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Pergunta de Leitor - Pavio Curto


Eu cedo à raiva muito facilmente. Não sou nenhum ignorante. Sou formado em filosofia e agora estou me formando em teologia. Tenho 25 anos e quero ser padre e como futuro padre sei que preciso ser paciente. Mas aí é que está o meu problema. ainda moro com minha família e muitas atitudes dos meus pais e dos meus irmãos me deixam irritado. Seja porque eles estão fazendo algo errado, seja porque estão sendo idiotas, mesmo que eles não estejam percebendo. Eu termino por me zangar e acabo discutindo tornando a vida de todo mundo tensa. Fico ressentido com as brigas e não quero mais me sentir assim. Quero que eles entendam que eu só quero o bem deles. Sei que não sou o dono da verdade e que também erro muito. Há também alguns amigos que ficam me questionando sobre a minha decisão de ser padre. Eles ficam provocando e tentando me tirar do serio e até conseguem. Perco a cabeça e até já falei para um deles que ele devia morrer. Me arrependo amargamente. Como pode alguém ser estudado, querer trabalhar para o próximo e ser tão “pavio curto”? Como me controlo?

            Quando você diz que é tão “pavio curto” está falando do quanto você se percebe impulsivo e impulsividade nada tem a ver com ser estudado ou não, mas está relacionado com a capacidade de contenção. Em outras palavras, você precisa aprender a se conter.
            Ao reagir com impulsividade você demonstra intolerância com a frustração. É claro que tolerar frustrações não é nada agradável, mas que se faz extremamente necessário. Caso não houvesse essa capacidade de se tolerar as frustrações todos viveriam em pé de guerra e reagiriam rapidamente e violentamente ao menor sinal de desagrado. Seria o mesmo que deixar o lado mais primitivo de cada um tomar conta da vida.
            Para não ceder à impulsividade você precisa construir outra coisa para colocar nesse lugar dos impulsos. O que precisa construir é o pensamento. Porém, aqui não se trata do pensamento lógico, racional e intelectual, mas do pensamento que lhe faça tomar a decisão mais eficaz para você mesmo. Trata-se, em outras palavras, de se tornar sábio e saber escolher suas atitudes. Hoje você deixa seus impulsos decidirem por você e você a eles se submete, mas precisa aprender a lidar com suas frustrações de outra maneira.
          Ninguém torna-se sábio da noite para o dia. Demanda o desenvolvimento de uma mente que pense e crie formas novas de se viver. Portanto leva-se mesmo tempo, mas quem persiste pode chegar lá. Ao se auto-observar mais poderá abrir mão da impulsividade e lidar com os desagrados de maneira diferente para não mais cair no ressentimento que só envenena a alma. Termino com uma frase de São Tomás de Aquino, sobre os perigos de se cair no ressentimento, para você refletir: O ressentimento é um veneno que eu tomo com a esperança de que o outro morra.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Dor da Separação


            Depois de uma separação e desilusão amorosa parece que o mundo vai acabar. Parece que tudo perde o sentido. O mundo fica sem cor, a comida sem gosto, só fica a presença de uma dor. Quando gostamos muito de alguém e esse alguém representou ou representa algo importante em nossas vidas a separação é tal qual uma perda de nós mesmos. A dor, muitas vezes, beira ao insuportável e a vida parece se tornar intolerável.
            Quem se apaixonou e por qualquer razão não conseguiu ficar com quem se enamorou entende bem essa dor. A vontade que dá é de se livrar logo dessa dor. É dormir e acordar sem lembrar da pessoa que ama. É tomar uma pílula mágica que nos faça esquecer a história vivida juntos, os momentos compartilhados, o calor do corpo da outra pessoa, sua textura de pele. Nessas horas o choro vem fácil e tudo nos lembra quem amamos. O sentimento que aparece é de que o mundo já não é mais o mesmo e de que perdeu completamente a graça. Isso ocorre porque perdemos a esperança de amar e receber o amor de quem amamos, achamos que a vida nos aplicou um golpe baixo e sem esperança é difícil viver.
            Infelizmente não há mágica que nos faça esquecer a pessoa que nos despertou tanta paixão. Não há truques e nem remédio que nos livre rapidamente da dor. Só mesmo o tempo. Só o tempo pode curar as feridas e trazer um bálsamo para a dor que sentimos. Só que para o tempo realizar toda essa benfeitoria em nossos espíritos é preciso ter paciência e acima de tudo tolerância. Na maior parte das vezes não gostamos do tempo, queremos as soluções, principalmente quando há sofrimento em jogo, para já. Só que a vida não funciona como queremos e exige que desenvolvamos maturidade.
            Quem está sofrendo por causa de uma separação e acredita que é quase o fim do mundo e de que nada bom irá acontecer mais em suas vidas, acalme-se. Como é comum ouvir no ditado popular é preciso dar tempo ao tempo. Segure-se firme e forte e deixe o tempo operar em sua vida. Mesmo que a sensação de que essa dor não tem como passar, saiba que muitas pessoas passam e passaram por essa mesma situação e sobreviveram para contar estória e se tornaram mais sábias e mais fortes. Ganharam experiências de vida que certamente são de valor para se viver melhor. Nem todos os relacionamentos dão certo. É um fato da vida. Só nos resta aprender a viver com o que temos e tirar o melhor proveito disso. Tolerar o tempo é algo custoso, mas de grande importância para o crescimento de qualquer um. Depois da separação há a chance de uma nova vida, uma nova reconstrução interna e isso é sempre algo positivo. Por isso mesmo é preciso continuar em frente e trabalhar sempre pelo melhor.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Pergunta de Leitor - Mistérios da Alma


Estou apaixonado por uma mulher evangélica e casada. Ela mora perto de mim e foi assim que nos encontramos. Só que acho que ela sofre com o marido. Na casa deles nada se pode, tudo é pecado. Ela vive quase presa e sei que ela está infeliz. Já conversamos sobre isso. Ela não tem coragem de se separar e vai acabar vivendo com o marido mesmo que seja na tristeza. O que fazer para mudar essa situação? Como posso mostrar a ela que existe todo um mundo cheio de amor lá fora? Como ela pode entender que eu sou o homem da vida dela? Devo insistir com ela?

            Não há resposta fácil para a sua indagação. Há tantas variáveis em jogo que torna impossível saber de antemão qual seria a melhor atitude nesse caso. Insistir ou não, eis a questão. Pelo que entendi você já manifestou seu interesse em ficar com ela e ela recusou. Talvez essa recusa seja importante você levar em consideração.
            Há muito mais coisas a ser levada em conta do que apenas o medo dela de vir a se separar do marido. Dizer que se trata apenas de medo é simplista demais. É uma situação que exige mais dela do que de você, já que a vida dela mudaria completamente. Você gostaria de viver algo com ela, no entanto só o seu desejo não basta pois precisa haver o encontro do desejo dos dois envolvidos na história e isso não há como você desejar por ela.
            Se vocês dois seriam felizes juntos é algo que só se saberia tentando. Pode ser que sim e pode ser que não. Será que ela poderia arriscar pagar esse preço? Só mesmo ela poderia fornecer essa resposta. Você menciona que ela é triste, mas não sabemos que significado tem essa tristeza para ela. O que para você pode ser uma coisa para ela pode ser outra. E mais ainda: quem disse que ela gostaria de viver com o homem da vida dela? A vida é misteriosa.
           A coisa mais útil que você poderia fazer é se voltar para si mesmo e se perguntar por que foi se apaixonar por uma mulher com tantos impedimentos. Pode ser que tenha sido uma simples coincidência, mas também pode ser que haja uma razão inconsciente para que isso tenha acontecido. Dela você não tem como saber muito, mas de você mesmo sim. Talvez valha a pena investigar as suas razões e ter mais certeza do que tudo isso significa.