Tenho muito medo da morte. Tenho 52 anos e não há um único dia em que não pense nela. Não sei o que vem depois e queria tanto saber. Isso me deixaria mais segura. São tantas as religiões e cada uma delas com uma explicação diferente e eu nem sei mais o que pensar e acreditar. Vi que há cursinhos para se preparar para a morte ministrados por psicólogos especializados na morte. Acho que eu deveria fazer um deles para assim estar mais segura quando chegar a hora. Você acha que eles são bons? Pode me indicar algum?
É incrível notar que com apenas 52 anos você já está pesando na morte. É mais incrível ainda de se notar, porém muito mais triste, que você se esqueceu de perceber que está viva e que tem muito chão pela frente. O que será que na morte te fascina tanto que faz você se esquecer de viver?
A morte é algo natural na vida e não há como evitá-la. O ato de morrer é algo que, uma hora, todos iremos experimentar. No entanto, parece que você fica tão focada pensando nele que a faz deixar de lado aquilo que nesse momento lhe deveria importar mais: viver.
Confúcio, sábio chinês da antiguidade, tem uma frase que diz que jamais poderíamos entender o que é a morte se não entendermos primeiro o que é a vida. Aos 52 anos tem muita vida pela sua frente e você deveria se preocupar em vivê-la bem.
Viver já é uma grande aventura se assim você se permitir, mas me parece que viver para você é algo bem mais temível do que a morte. Parece temer tanto a vida que arruma qualquer coisa para não ter que pensar nela. O que eu lhe indico é uma bela psicoterapia. Que você possa encontrar alguém que te escute e te ajude a pensar sobre a vida e não sobre a morte. Quem sabe você ao se ouvir não pode se dar conta do quanto está perdendo tempo e resolva mudar essa situação cuidando mais de si em vez de viver atemorizada? A vida pode ser apaixonante se você abrir espaço para isso. Que tal pensar sobre isso?
Pensar na morte todo dia, ter medo de morrer, correr atrás de explicações nas religiões ou alhures, tudo isto é bastante saudável, é, como diria Nietzsche, humano, demasiadamente humano. É uma opção de vida... Mais dolorosa? Mais sofrida? Quem é que vai saber? Cada qual mal sabe o que é bom para si... A preocupação com a morte é natural ao ser humano. Deixa a mulher sofrer o existencialismo dela, rapaz.
ResponderExcluirBom dia à todos! É natural que a partir de uma certa idade, comecemos a perder pai, mãe, irmãos, parentes e amigos mais próximos, fato que nos faz refletir mais sobre a vida e, naturalmente, sobre a morte. Contudo, devemos saber que a morte faz parte do ciclo da vida, da renovação! Portanto, já que é tão temida assim, por tantos, a morte poderia ser deixada para segundo plano, até porque, viver é muito bom. Como mencionou Sylvio do Amaral, "A vida pode ser apaixonante se você abrir espaço para isso". Abraço à todos!
ResponderExcluir