Acabei
brigando com meu namorado e nos separamos. Na semana seguinte eu já tinha
arrumado outro cara muito melhor. Mais bonito, mais rico. Nunca fiquei sozinha
desde que comecei a namorar há 10 anos e mesmo assim quando troco um cara pelo
outro eu me sinto só e parece que isso vem aumentando cada vez mais. Não sei
explicar o que me acontece. Estou cada vez mais bonita e com homens
interessados em mim, mas cada vez mais me sinto mais sozinha. O que será que me
falta?
Provavelmente você acredita que se tiver um belo homem a
tiracolo nada mais lhe faltará. Os homens, para você, parecem que são sentidos
como acessórios que são trocados ao dispor do momento. Ao “objetificar” o homem você torna um relacionamento impossível de
acontecer e, por conseguinte, o sentimento de vazio persiste e cresce.
Esse ciclo que vem se repetindo se repetirá
indefinidamente enquanto você não mudar a posição que atualmente você ocupa. A posição atual te impede de viver um namoro verdadeiro porque torna tudo superficial e faz do outro um
objeto que pode ser trocado a qualquer instante. Seus namoros são burocráticos
e parecem servir muito mais para você se afirmar carregando um belo espécime do
que viver a dimensão afetiva. Sem elementos afetivos um namoro torna-se sem
sentido e também esvazia porque promete aquilo que nunca será dado. No caso a
promessa é sobre a experiência do amor que nunca se realiza.
O fato de que depois da briga com o namorado você já o
trocou por outro mostra que não há um registro interno de um namoro. Não houve
tempo para lutos, separações, mal estar e lágrimas. A fila anda e o show não
pode parar. Assim que você parece viver. Apesar de parecer que você está forte
nessa atitude de não ligar para nada, é justamente o oposto e serve apenas para
esconder a dor que você não se permite conhecer.
Enquanto negar a sua dor e tentar camufla-la com
namorados se sentirá cada vez mais vazia e só. O que você, hoje, necessita não
é de um namoro, mas de um relacionamento e este pode começar com a
psicoterapia. Está na hora de conhecer o que você faz a si mesma e ver se vale
a pena.
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