Há uma piada que conta sobre um
médico que tentava convencer o seu paciente que este estava gordo. “Suba na
balança” diz o médico. “Vê? Agora veja essa
tabela e compare seu peso com o peso médio para sua altura. Você está obeso”.
“Não, eu não estou”, diz o paciente. “Estou apenas quinze centímetros mais
baixo”.
Cada vez
mais as pessoas vêm dando atenção ao próprio peso. Isso pode ser bom ou mau,
dependendo do que está por detrás dessa preocupação. Se for a saúde a atenção
ao peso e como nos alimentamos e nos exercitamos é algo muito bom. Afinal,
saúde é muito importante e temos uma responsabilidade muito grande em cuidarmos
de nós mesmos. Porém se o que estiver em jogo for apenas uma questão de se
atingir um ideal de peso, de beleza e de forma é algo mau e que pode criar
muitos perigos.
Não há como
negar que existe toda uma ditadura de como devemos ser. Os corpos estão
padronizados e quem se encontra fora dos padrões é visto como alguém fracassado
ou nem é levado em consideração. Mas é possível todos terem os mesmos corpos,
as mesmas formas? Obviamente que não. Há toda uma variedade de formas e nem
todos podem ser de um determinado jeito por mais que se esforce. Cuidar da
saúde é uma coisa, mas desejar um corpo impossível é outra que só traz
sofrimentos.
Os padrões
de beleza física só servem para criar exclusões e ideias de certo e errado,
desconsiderando completamente a pluralidade de corpos e maneiras de viver.
Enquanto os padrões estabelecidos forem as referências com que medimos nossas
vidas nunca haverá lugar para o amor e aceitação, pois estes só podem existir
dentro do que é possível e não desejando o impossível. Precisamos de uma
relação mais saudável e amorosa com nós mesmos.
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