Em muitos momentos da vida a gente se encontra em
situações difíceis e com gosto amargo. Não gostamos de viver o desprazer e
nossa tendência é se livrar dele o mais rápido possível. Contudo, isso nem
sempre é viável e aprender a lidar com aquilo que nos causa desprazer é
essencial para quem quer viver bem.
Não temos o poder de escolher não sofrer nessa vida. Isso
está além das nossas possibilidades. Os sofrimentos são partes da vida e vêm
sem pedir licença. Já que não podemos nos livrar das adversidades e dores que
sempre surgem o único recurso que temos ao nosso dispor é aprender a responder
àquilo que nos gera desprazer de uma forma eficiente. Essa resposta só pode ser
construída à medida que nos voltamos para a nossa mente.
É como vamos responder ao que nos acontece que importa e
não, necessariamente, o que acontece. Pena que muitos esquecem ou desconhecem
isso. Ficam tão identificados e imobilizados pelos acontecimentos que desejam mudá-los,
como se isso fosse possível. É muito comum ouvir pessoas dizendo que não
queriam ou queriam que tal ou qual coisa tivesse ou não acontecido. O
sofrimento, quando respondido assim, torna-se pior do que é. Como então
responder de uma maneira mais favorável?
Vamos pensar no modelo que um bolo pode nos proporcionar.
Para se fazer um bolo é necessário ingredientes e uma receita. Se você pegar
individualmente farinha e comê-la, por exemplo, vai ser algo ruim e que em nada
lembrará um bolo. O mesmo ocorre se você pegar cada um dos ingredientes e
ingeri-los individualmente: fermento, ovos, açúcar, etc. O bolo é mais do que a
soma dos ingredientes, mas é o resultado do que fazemos com os ingredientes.
Assim, nesse modelo culinário, também podemos pensar a vida. Dependendo de como
vamos utilizar o que nos acontece, nossas dificuldades e adversidades serão
ingredientes que poderão nos ajudar a criar algo melhor. Portanto, nossas dores
são matérias primas da nossa força e crescimento. Aprender a lidar com aquilo
que nos acontece é que vai nos possibilitar fazer da vida algo bom. O que mais
necessitamos é aprender a fazer uso de nossas mentes. Ela é o recurso mais
precioso que temos em mãos.
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