Apesar
do amor entre um homem e uma mulher ser algo cantado como uma das coisas mais
belas e nobres que existe, o que vemos na vida cotidiana é uma verdadeira
guerra entre os gêneros. E nessa guerra o amor acaba sofrendo baixas terríveis
e tristes. Parece até que esse amor lírico é algo que não existe, porque no dia
a dia muitos homens e mulheres tomam trincheiras opostas e partem para o
ataque. É muito comum ouvir um gênero depreciando o outro, dizendo coisas
desabonadoras e que só trazem humilhação. Atualmente essa guerra é mais
visível, antes era tudo muito mais oculto, porém sempre existiu.
Antigamente, o homem dotado de força física maior que as mulheres pôde construir toda uma
cultura que lhe dava permissão para a sua dominação e violência. Às mulheres sobrava apenas
a subserviência e uma posição de nada desejar. Parecia que havia paz, mas se
tratava de uma paz artificial. Os rancores e mágoas eram muito mais escondidos
e não se formava um embate nítido já que um lado se encontrava rendido e sem
meios de lutar.
As
armas femininas que foram criadas nessa guerra não declarada era a frigidez. É
como se as mulheres dissessem: "já que me
submeteu, quebrou o meu orgulho eu o condeno a viver com uma mulher fria, uma
mulher que tem o corpo presente, mas cujo espirito jamais será alcançado. Você
pensa que me tem, mas na verdade nunca me terá". Essa reação feminina
atingia fundo em muitos homens que não entendiam bem o que estava acontecendo.
E tudo isso aumentou mais ainda o fosso do abismo entre os gêneros.
O
movimento feminista trouxe um fim, pelo menos em grande parte dos lugares, à
subserviência feminina e criou a igualdade de direitos. Um feito notável e de
grande importância à humanidade. No entanto, não trouxe um fim à guerra dos
sexos, infelizmente. O que era oculto
tornou-se visto claramente, porém a belicosidade continua a existir e a
estragar o que poderia ser bonito. Aliás, de uma coisa podemos estar certo.
Quando essa guerra puder ser terminada o mundo será mais justo como um todo.
Vai poder, assim, haver realmente paz. Quando o ser humano aprender a acolher e
aceitar as diferenças entre os gêneros, com todas as suas características, e
compreender que um não é melhor que o outro, mas que são complementares, o
mundo terá muito a ganhar, bem como nossos espíritos.
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