segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Clima da Mente




            Quando pensamos em clima pensamos em algo instável que está sempre mudando e por mais que as previsões possam nos dar alguma ideia, ainda assim, o clima é imprevisível. Aquela viagem tão sonhada e tão investida para aquele paraíso pode ser estragada por um clima que em nada contribui para que possamos aproveitar. Muitas coisas que fazemos dependem do clima meteorológico e em relação ao clima físico não temos controle algum e só nos resta aceitar.
            Entretanto, quando falamos em clima nos referimos também ao estado de mente em que nos encontramos. Tanto que quando não nos encontramos em um estado de mente propício dizemos que “o clima está ruim”. Sentimos verdadeiras tempestades emocionais que podem ser bastante destrutivas e prejudiciais. Só que desse tempo, desse clima subjetivo, podemos nos preservar e até mesmo mudar.
            O que nos vem de fora e está além do nosso controle nada podemos fazer, mas o que vem de dentro tem outra natureza e se soubermos aprender como lidar com ela podemos fazer muito para que haja uma verdadeira transformação a nosso favor. Quanto mais uma pessoa fica submetida às tempestades emocionais mais ela se encontra numa posição que desconhece a si mesma: a posição da ignorância. Ser ignorante custa caro, pois nos deixa preso às intempéries internas e ficamos fadados a nos repetir e a seguir a parte mais primitiva que pode existir em nós. Isso nos deixa à mercê dos nossos impulsos que nunca são os melhores conselheiros.
            A melhor coisa de conhecermos nossos climas subjetivos é que com isso podemos criar ou desenvolver recursos que permita nos preservarmos do que sentimos. A nossa mente ao mesmo tempo que apresenta possibilidades de vida e enriquecimento maravilhosos também mostra um lado bem destrutivo. Precisamos aprender a criar mecanismos que nos protejam de nós mesmos, pois é fato que, dependendo do clima que nos domina, somos nosso pior inimigo. Ao mudar o clima interno deixamos a posição de passivo para a de sujeito da própria vida. Passamos a ser coautores de nosso clima e não meras vítimas que só sabem sofrer.

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