segunda-feira, 22 de agosto de 2016

O Mal e o Bem




            Muitas pessoas se perguntam por que é tão mais fácil fazer mal a si mesmos que o bem. Por exemplo, muitos sabem que fumar e beber exageradamente fazem mal às suas saúdes, mas mesmo assim não deixam de largar os vícios. Outros até conseguem perceber que determinadas relações são prejudiciais e destrutivas e mesmo percebendo isso não se desfazem desses relacionamentos. O que será que acontece com essas pessoas?
            O que é mais fácil e rápido, eu pergunto, pôr uma casa abaixo ou construir uma levantando-a do chão? Não é surpresa alguma saber que construir uma casa demanda muito mais tempo, esforço, recursos e conhecimento. Caso não fosse assim e ela fosse levantada de qualquer jeito essa casa teria grandes chances de não ficar em pé. Assim também é com nossa mente. Construir uma mente e uma vida é bem mais difícil e complexo do que simplesmente destruir.
            Todos os hábitos que são destrutivos são fáceis, pois não exigem esforço nenhum. Uma pessoa que bebe demasiadamente tem por um momento, quando está bebendo, certo grau de prazer. Ela se sente satisfeita e preenchida em suas carências. Porém, o preço disso, pago mais tarde, é bem prejudicial e alto. Só que parar de beber implica numa resolução mental que exige persistência e paciência. Faz com que seja necessário abrir mão desse prazer momentâneo e tão conhecido e ir em busca de coisas novas e que ainda são desconhecidas. Em outras palavras, demanda um trabalho e a nossa tendência natural é tentar evitar qualquer trabalho que possamos ter.
            Construir uma nova vida, onde hábitos prejudiciais passados sejam abandonados e novas atitudes possam ser colocadas no lugar é bem mais trabalhoso e exige tempo e tolerância para que se vá aprendendo com as experiências de vida. Se apegar àquilo que já é conhecido, mesmo que faça mal, é bem mais simples e fácil. No entanto o bem sempre vence o mal, já que se uma pessoa construir o bem dentro de si vai configurar uma construção muito mais sólida e estruturada. Quem aprende a se amar e respeitar de verdade não quer mais saber de se destruir. Vai entender de fato que tem uma responsabilidade muito grande com o que constrói dentro de si e em vez de se entregar ao que há de mais acessível vai ter forças suficientes para se empenhar numa verdadeira construção de si próprio. É mais demorado, mas vale muito a pena.

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