Muitas
pessoas se perguntam por que é tão mais fácil fazer mal a si mesmos que o bem.
Por exemplo, muitos sabem que fumar e beber exageradamente fazem mal às suas
saúdes, mas mesmo assim não deixam de largar os vícios. Outros até conseguem
perceber que determinadas relações são prejudiciais e destrutivas e mesmo
percebendo isso não se desfazem desses relacionamentos. O que será que acontece
com essas pessoas?
O
que é mais fácil e rápido, eu pergunto, pôr uma casa abaixo ou construir uma
levantando-a do chão? Não é surpresa alguma saber que construir uma casa
demanda muito mais tempo, esforço, recursos e conhecimento. Caso não fosse
assim e ela fosse levantada de qualquer jeito essa casa teria grandes chances
de não ficar em pé. Assim também é com nossa mente. Construir uma mente e uma
vida é bem mais difícil e complexo do que simplesmente destruir.
Todos
os hábitos que são destrutivos são fáceis, pois não exigem esforço nenhum. Uma
pessoa que bebe demasiadamente tem por um momento, quando está bebendo, certo
grau de prazer. Ela se sente satisfeita e preenchida em suas carências. Porém,
o preço disso, pago mais tarde, é bem prejudicial e alto. Só que parar de beber
implica numa resolução mental que exige persistência e paciência. Faz com que
seja necessário abrir mão desse prazer momentâneo e tão conhecido e ir em busca
de coisas novas e que ainda são desconhecidas. Em outras palavras, demanda um
trabalho e a nossa tendência natural é tentar evitar qualquer trabalho que
possamos ter.
Construir
uma nova vida, onde hábitos prejudiciais passados sejam abandonados e novas
atitudes possam ser colocadas no lugar é bem mais trabalhoso e exige tempo e
tolerância para que se vá aprendendo com as experiências de vida. Se apegar
àquilo que já é conhecido, mesmo que faça mal, é bem mais simples e fácil. No
entanto o bem sempre vence o mal, já que se uma pessoa construir o bem dentro
de si vai configurar uma construção muito mais sólida e estruturada. Quem
aprende a se amar e respeitar de verdade não quer mais saber de se destruir.
Vai entender de fato que tem uma responsabilidade muito grande com o que
constrói dentro de si e em vez de se entregar ao que há de mais acessível vai
ter forças suficientes para se empenhar numa verdadeira construção de si
próprio. É mais demorado, mas vale muito a pena.
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