Nos grandes centros urbanos a brincadeira da roleta russa
está se tornando corriqueira entre os jovens. Tradicionalmente esse jogo é
quando alguém deixa apenas um bala no tambor do revólver e a pessoa sem saber
em qual vez o tiro irá se dar puxa o gatilho. Se a bala sair a pessoa morre,
senão ela fica “aliviada” com sua boa sorte. Só que atualmente essa brincadeira
está mudada.
Hoje em dia há jovens que estão convidando outros em que
um tenha o vírus HIV, mas ninguém sabe quem. Combinam uma orgia e nela cada um
escolhe seu par e transam sem o uso de preservativo. Depois da festa, o
“barato” segundo esses jovens, é irem fazer exames para detectar se alguém e
quem, entre eles, pegou o vírus. Pois bem, isso vem sendo encarado como
diversão.
Essa atividade nada tem de diversão, mas de loucura. É
puro impulso destrutivo. Esses jovens não têm uma consciência de si, do corpo e
da vida. Suas mentes são muito precárias. Vivem através das reações biológicas,
porém não possuem capacidade para pensar. É um fato que não nascemos humanos,
mas nos tornamos humanos à medida que fazemos uso da mente. Esses jovens têm
corpos e cérebros, mas não mente.
Por que alguém participaria de uma loucura dessas? Em
primeiro lugar eles não concebem tal coisa como loucura. Eles sabem dos perigos,
de uma maneira mais racional, mas não compreendem o que significa se colocar em
perigo. Já que não têm mente, não há como possuir uma identidade, uma
consciência do próprio corpo e do que é lidar com consequências. O fato de que
já não são mais crianças não implica que sejam maduros. O desenvolvimento
psíquico ficou comprometido e ainda por ser construído.
Em segundo lugar há o prazer embutido nesse jogo. Nem
todo prazer é bom e muitos deles devem ser evitados. O prazer, nesse jogo, é
sentir as fortes emoções e o alívio, quando é o caso, de se perceberem não
infectados. A vida mental está reduzida a prazeres brutos e intensos. É grave e
sério e só nos mostra o quanto a falta da mente nos coloca em risco e em uma
vida empobrecida.
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