segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

É uma Doença


            O vício, por drogas e álcool, é sempre algo que causa incômodo e muitas vezes é tratado como se fosse sem vergonhice ou falta de caráter. É preciso aceitar o vício como ele realmente é: uma doença. Uma doença emocional, mas infelizmente doenças emocionais são para um grande numero de pessoas considerada uma doença menor. Enquanto essa visão não for modificada ficará longe o dia em que algo realmente será mudado nessa área.
            Vício ou compulsão se trata de um distúrbio emocional, pois afeta a mente, a maneira que a pessoa lida com a própria vida. Alguém fica viciado porque não constrói, internamente, nada melhor para colocar no lugar. É uma pessoa, em termos mentais, empobrecida e se prende a algo no intuito de aplacar uma falta. Mas faltas internas a gente não tampa com qualquer coisa senão corre-se o risco de colocar no lugar uma ilusão, algo que só vai dar uma falsa sensação de completude.
            Todo viciado quer uma experiência, algo até como uma experiência espiritual, que lhe dê segurança e forneça um sentido. O viciado procura por uma verdade interna significativa, mas a quer encontrar rápido e facilmente e a droga ou bebida fornece uma falsa sensação de completude. Por não ser uma construção interna verdadeira fica-se dependente do que se recebe de fora e cria-se então o comportamento compulsivo, que nada mais é do que ficar preso a uma repetição. Repetir-se é doença emocional.
            A verdadeira solução para o problema das drogas e do vício não está em proibir a droga ou legalizar o seu uso, não está na política ou na economia da sociedade, se bem que esses fatores também devem ser considerados, pois têm lá sua influência. Mas a resposta para esse problema só poderá ser efetivamente solucionado a medida que houver uma revolução, mas não de armas, mas de mente. É a medida que a mente for cada vez mais entendida e trabalhada já que esta tem parte fundamental nas origens de nossas atitudes. Quem assume a existência e a importância da mente assume a responsabilidade por seus atos. Nada adianta apenas atacar o material (as drogas e a bebida) enquanto a mente continuar presa e não for refinada. Cada vez mais acordar para a nossa vida interna se faz vital.

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