Uma sexóloga americana de Nova Iorque publicou um
trabalho que diz que quem não tem uma vida sexual acaba por comer mais comidas
calóricas e com baixo valor nutricional. Segundo ela se compensa na comida a
falta de uma vida sexual mais ativa e satisfatória. Isso pode acontecer de
fato. Óbvio que nem todos que abusam de uma alimentação desregrada é por uma
razão sexual. Entretanto, há muito mais por detrás desse fato que pode nos
ajudar a pensar sobre importantes aspectos da vida.
O que leva alguém a procurar compensações não é tão
simplesmente uma vida sexual insatisfatória, mas uma vida insatisfatória.
Quando não vivemos bem a vida ficamos em falta de experiências de prazer. É que
a vida nos faz tantas demandas e nos dá tanto trabalho que se não soubermos
como aproveitá-la, viver se torna intolerável. Na vida há muitos ônus, mas
precisamos também ter os bônus. É vital deixar a vida suportável.
E tem mais, quando não sabemos como utilizar nossas
potencialidades, fazer bom uso de nós mesmos ficamos muito insatisfeitos. As
vezes a gente espera tanto da vida e as coisas não saem como gostaríamos.
Esquecemos que a vida não tem obrigação de nos dar nada, mas que nós é que
devemos correr atrás das coisas. Porém, se não compreendemos isso ficamos meio
que presos num desejo por encontrar compensações. Podem ser as altas calorias
gastronômicas, mas podem ser muitas outras coisas, inclusive o próprio sexo. Aí
vira compulsão sexual.
Há inúmeras pessoas viciadas em sexo, em jogo, em drogas,
em álcool e comida. Todas essas pessoas falam de uma insatisfação e de uma
ineficiência em viver de maneira proveitosa. Só busca compensações quem não
encontra realizações. Não devemos nos entupir de prazer como se isso adiantasse
de alguma coisa, pois prazer sem limites é prejudicial e em alguns casos até
fatal. Não adianta, a vida só é possível quando há equilíbrio.
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