Me
chamam de machista e pode ser que eu seja mesmo. Sou mulherengo e não quero
assumir relacionamento algum. Só quero sexo e nada mais. Com algumas fico
algumas vezes mas depois quero sempre uma nova conquista, um novo desafio.
Muitas mulheres até tentam ter algo sério comigo mas não abro brecha e pulo
fora. E a questão que aqui escrevo é por que sou assim? Todos, uma hora ou
outra, querem um relacionamento, sossegar, mas eu não. Eu fujo.
Você
foge, você diz, mas talvez esteja também se perguntando se não poderia ser
diferente. Está se indagando e se mostrando intrigado com a forma que vive
provavelmente porque, hoje, se pergunta o que lhe acontece e porque é assim como é. Em
outras palavras, seguir vivendo se repetindo não mais está sendo tão
satisfatório assim.
Quando
há fuga é porque primeiro houve o medo que levou à atitude de fugir. Portanto,
não é surpreendente pensar que você foge porque teme e possivelmente teme o relacionamento com as
mulheres. Elas parecem representar uma ameaça e você resolve esta ameaça apenas ficando,
mas sem se envolver. Mostra que trata as mulheres como objeto, como uma maneira
de ter controle sobre elas. Assim assegura-se de ter a sensação de que é você
que manda e representa uma ameaça para elas. Essa solução, desastrada, foi a
que encontrou para lidar com suas angústias.
Agora,
vem percebendo que há algo aí. Algo que ainda não pôde ser devidamente
compreendido e menos ainda solucionado. Isso ocorre porque a solução criada era
a repetição e ninguém tem como estar bem se repetindo infinitamente. Você age
como um personagem que está impedido de abandonar o palco e viver a própria
vida de maneira livre. Tem que repetir suas falas e suas atitudes. Está escravo do próprio inconsciente.
Para
por um fim ao impulso que te leva a se repetir precisa encontrar respostas que
te levarão a um entendimento do por que tem tanto medo assim da mulher e do
envolvimento. Qual o sentido que você deu para tudo isso? O seu inconsciente
pede por decifração e por isso não perca tempo. Busque ajuda para aprender a se
escutar e a se decifrar para que assim você possa abandonar o personagem que você criou e ser você mesmo.
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