Vemos
várias manifestações ocorrendo Brasil afora demostrando o desagrado com
decisões políticas bastante prejudiciais. Greves, passeatas, panelaços estão
ultimamente na pauta de muitas cidades. Isso tudo é bom quando é fruto
realmente de um movimento que tem por objetivo defender os interesses públicos
e trazer melhores condições de vida. O problema acontece quando no meio dos
motivos justos surge a possibilidade de realização de um ódio coletivo. Aí a
coisa descamba e perde a razão de ser.
Quando
a manifestação passa a ser uma quebradeira o que está ocorrendo não tem nada a
ver com democracia e luta por melhorias, mas está relacionado simplesmente com
o sentimento de ódio. Um grupo funcionando movido por ódio não consegue mais
pensar, ficando apenas com reações primitivas e destrutivas. Nesses grupos o
ódio individual de cada membro é “juntado” transformando-se num ódio coletivo.
Essas transformações são muito prejudiciais e não têm mais objetivos que não
seja a manifestação dos impulsos agressivos.
Infelizmente
muitas dessas demonstrações de ódio coletivo são revestidas com propósitos
legítimos, ou seja, parece que estão a serviço de uma luta justa quando na
verdade nada mais são do que um meio para que os impulsos agressivos encontrem
satisfação. Saber diferenciar um grupo do outro se faz importante e compreender
o que se está sentindo ao participar de um destes grupos é primordial. É sempre
vital saber o que realmente nos move.
As pessoas e grupos mobilizados pelo ódio se auto enganam crendo que suas demandas são justas e reais. Entretanto, esse engano é apenas uma desculpa para exteriorizarem as suas más condições mentais. Esses movimentos elegem inimigos facilmente, que são frutos de suas projeções e veem a destruição como a suprema solução para todos os problemas. Pois é, manifestar dignamente a indignação e lutar por justiça demanda uma mente desenvolvida. Para a nossa tristeza mentes desenvolvidas são artigos raros e com isso o que restá é o ódio puro, cru e empobrecedor.
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