Vi uma animação que circula na internet onde várias pessoas
carregam cruzes enormes e pesadas. Uma das pessoas olha para cima e diz a Deus
que estava tão pesada a sua cruz que pensou então em cortá-la. Pegou um serrote
e tirou um bom pedaço. Depois de andar mais um pouco resolveu cortar mais
ainda, pois o incômodo em carrega-la ainda era grande. Enquanto muitos dos
outros ao redor iam carregando suas imensas cruzes essa pessoa transformou a
sua em algo bem pequeno e de fácil manejo. Aí o grupo chegou a um abismo e para
conseguirem passar para o outro lado aprenderam que tinham que usar suas longas
e pesadas cruzes como pontes. Aquela pessoa que cortou a sua cruz não a tinha em
tamanho suficiente para lhe ser útil e ficou para trás sem mais sair do lugar.
Apesar desse vídeo ter uma moral religiosa podemos
pensá-lo sob uma perspectiva psicanalítica de como vivemos nossas vidas.
Carregar cruzes no decorrer de nossas vidas nada mais é do que conseguirmos
tolerar nossas frustrações de maneira eficiente e de forma que nos
fortalecemos. Não é fácil mesmo dar conta de nossa vida mental e frequentemente
sentimos que as coisas que precisamos lidar são por demais pesadas e inúteis.
Queremos “cortar” nossos problemas sem tem que pensar sobre eles, mas isso no
fim sempre se revela um mau negócio.
Claro que não precisamos abraçar e agarrar nossos
problemas de forma indiscriminada. Isso seria masoquismo. Entretanto, o que não
dá é para evitarmos lidar com aquilo que temos e que nos causa certo
sofrimento. Quando fugimos de nossos problemas pensamos, de início, que estamos
sendo muito espertos, porém ao fazermos isso perdemos oportunidades para nos
desenvolvermos e futuramente atravessarmos mais facilmente as coisas difíceis. Se as cruzes
em nossas vidas, contudo, forem utilizadas como instrumentos estaremos bem mais
preparados.
A nossa primeira tendência quando nos
deparamos com o que nos faz sofrer é querer fugir da dor. Mas há dores que não
temos como escapar se não corremos riscos de ficarmos parados, já que amputamos
nossos instrumentos internos, cortamos tudo aquilo que pode nos fortalecer. Para a
vida mental não há atalhos e insistir nisso é um risco muito grande de não
crescermos. A verdade é que ao fugirmos dos nossos problemas não seremos
espertos, mas medrosos de encararmos o que necessitamos.
Boa tarde, sou paciente da Dra. Marcia Menezes de Apucarana, poderia me passar o end do consultório e tel? Grata e no aguardo.
ResponderExcluirBom dia Fernanda
ResponderExcluirTelefone do meu consultório: (43) 3025 3545
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