Ser provocado nunca é algo agradável, mas por que algumas
pessoas reagem à provocações de forma a nem a levarem em consideração e outras
reagem de uma maneira bastante intensa e até mesmo violenta? O que acarreta,
quando a provocação é a mesma, respostas tão diferentes? O que muda, nesses
casos, é o estado de espírito de quem recebe a provocação.
Um bom estado de espírito é quando nos encontramos bem,
quando há presente o sentimento de segurança e uma boa auto-estima. Quando essa
condição ocorre é difícil que algo venha a nos tirar do sério. A provocação
pode ser entendida como tal e como um ato de pequenez do outro e só vai
suscitar um dar de ombros. Quem está bem pode até rir quando provocado e não
leva isso para o lado pessoal. Não vai carregar injúrias e nem se sentir
humilhado. Um bom estado de espírito não entra no jogo da provocação, pois quem
está bem consegue pensar e ao fazer uso dos pensamentos se torna bem mais
forte.
Agora, um mau estado de espírito tem a ver com não estar
bem consigo próprio. Uma pessoa possuidora de uma baixa auto-estima é alguém
insegura e que ao ser provocada vai tomar isso num nível pessoal e por consequência
se sentirá humilhada. Nestas condições fica fácil sair do sério, perder as
estribeiras e nem perceber que está entrando num jogo bastante prejudicial.
Levar as atitudes dos outros, principalmente as provocações, tão a sério e
pessoalmente só abre espaço para sentimentos de menos valia. Dá para entender que
desenvolver um bom estado de espírito é essencial para se viver bem.
Não significa, entretanto, que algumas determinadas
provocações não mereçam uma resposta à altura, porém o problema passa a ser
quando na resposta só há violência. Responder à altura significa pensar no que
se vai fazer e não simplesmente reagir. É difícil de conseguir, pois a primeira
coisa que queremos fazer quando provocados é reagir, mas se portar deste jeito
nunca traz resultados positivos. Para não cairmos em provocações é preciso
obter um bom estado de espírito e este é conquistado através do auto-conhecimento.
Um bom estado de espírito não vem gratuitamente, mas apenas à medida que criamos
condições propícias para ele. É um trabalho individual e que exige muita
maturidade, mas que é vital para aprendermos a viver com qualidade.
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