“De nada vale ajudar a quem não se ajuda” (Confúcio)
Confúcio, filósofo e pensador da Antiga China, era direto
em seus pensamentos. Viveu cinco séculos A.C. e fez uma releitura da
religiosidade de seus ancestrais. O pensamento, na época, estava meio que
perdido em variados desdobramentos o que levava mais à confusão do que ao
esclarecimento. Confúcio, com seu alto senso prático, acabou por mudar isso
mostrando que o pensamento só é útil quando pode ser vivido na experiência. Com
a frase acima, o pensador consegue, de maneira prática, mostrar uma verdade que
muitos relutam em enxergar.
É muito comum encontrar pessoas que querem ajudar outros
com tanta intensidade e não percebem e nem se perguntam se a pessoa objeto de
ajuda quer mesmo se ajudar. Ninguém tem o “poder” de modificar a vida do outro.
Acreditar nisso é se apegar à onipotência. Não que o ato de ajudar não seja bom para o outro ou transformador. Com certeza é, mas apenas para aqueles que se ajudam e que
não esperam por milagres. Quem ajuda a si mesmo se coloca disponível para se
transformar e é isso que faz toda a diferença.
Quem não se permite se ajudar é porque está apegado a uma
determinada posição e com essa atitude não se disponibiliza a mudar, o que
torna a ajuda alheia que recebe algo infrutífero. Quando alguém não se faz
disponível para se transformar e modificar a forma que pensa e age, fica
imobilizado e se repete. A repetição é uma das piores coisas que podem
acontecer na vida de qualquer um, já que a vida requer constantes revisões e
transformações. Qualquer ajuda que uma pessoa nessa posição recebe é nula, pois
não encontra, internamente, um terreno onde possa germinar e trazer algo novo.
Quem não se ajuda compromete “seu terreno interno” e o torna estéril.
Agora, quando alguém se ajuda e se coloca disponível para
aprender é tal qual um tesouro. A ajuda, nesses casos, pode fazer toda a
diferença na vida. Ajudar uma pessoa que se ajuda é enriquecer vidas e por
consequência o mundo. Ajudar quem não se ajuda é desperdiçar algo precioso num
campo estéril. Confúcio, em sua grande sabedoria e praticidade, percebeu que a
ajuda em si não tem necessariamente valor, mas o que realmente importa é o que
cada pessoa vai fazer com a ajuda que porventura recebe. O que cada um faz
consigo é que tem verdadeiramente poder.
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