Estou casada há 3 anos e vivo um
casamento maravilhoso. Nos damos super bem e são bastante raras as nossas
brigas. Cuido dele e ele de mim e nos chamamos de apelidos super carinhosos
como fofinho, docinho, etc. as pessoas até tem inveja do quão bem nos damos.
Minha única reclamação tem a ver com a freqüência com que mantemos relação. É
muito pouca. Antes de casarmos não era assim, mas depois elas foram ficando
distantes e há vezes que nem eu e nem ele queremos fazer amor, só ficar junto
um do outro. Queria mais vezes, mas eu fico muitas vezes acomodada e não o
procuro e ele tb não. Porque será que nossa vida sexual diminuiu? Será que é
comum acontecer isso depois de 3 anos de casados?
As coisas estão sempre em mudança e
por isso mesmo não dá para esperar que a vida seja imutável. No entanto, quando
as mudanças chegam a um ponto que acaba por trazer algum incômodo e reclamação
é hora de se pensar o que anda acontecendo.
Pelo que escreve entendo que no seu
relacionamento haja ternura, mas que houve uma diminuição perceptível, ao menos
para você, do sexo. O que pode estar a acontecer é que o excesso de ternura no
relacionamento termina por infantilizar vocês dois. Apelidos carinhosos são
característicos de muitos casais, mas muitas vezes podem representar uma certa
infantilização, principalmente quando são apelidos que damos à crianças.
Quando a ternura é demais o desejo
pelo sexo pode diminuir. Sexo tem mais a ver com excitação e carícias que
trazem sensações físicas. Não que não possa haver ternura no sexo, aliás, é até
melhor. Só que se o carinho está a serviço da infantilização prejudica a
vontade pelo sexo. É preciso não ter preconceitos e ver que sexo tem que ser
visto e vivido como sexo. Muitos casais demasiadamente carinhosos e se chamando
por apelidos como pai e mãe, bebê e por aí vai estão na verdade prestando um
desserviço à suas vidas sexuais.
É bom e saudável que vocês se dêem
bem e que queiram cuidar um do outro. Apenas veja se esse cuidado recíproco
entre vocês está de acordo com o contexto de um marido e esposa e não como se
se tratasse de algo que os infantiliza. Avalie também como você e seu marido
vêem o sexo e não tenham receio de fazer sexo quando tiverem vontade. Há
momentos para sexo e momentos para ternura, é uma questão de saber equilibrar.
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