sexta-feira, 12 de julho de 2013

Pergunta de Leitora - Equilíbrio


Estou casada há 3 anos e vivo um casamento maravilhoso. Nos damos super bem e são bastante raras as nossas brigas. Cuido dele e ele de mim e nos chamamos de apelidos super carinhosos como fofinho, docinho, etc. as pessoas até tem inveja do quão bem nos damos. Minha única reclamação tem a ver com a freqüência com que mantemos relação. É muito pouca. Antes de casarmos não era assim, mas depois elas foram ficando distantes e há vezes que nem eu e nem ele queremos fazer amor, só ficar junto um do outro. Queria mais vezes, mas eu fico muitas vezes acomodada e não o procuro e ele tb não. Porque será que nossa vida sexual diminuiu? Será que é comum acontecer isso depois de 3 anos de casados?

            As coisas estão sempre em mudança e por isso mesmo não dá para esperar que a vida seja imutável. No entanto, quando as mudanças chegam a um ponto que acaba por trazer algum incômodo e reclamação é hora de se pensar o que anda acontecendo.
            Pelo que escreve entendo que no seu relacionamento haja ternura, mas que houve uma diminuição perceptível, ao menos para você, do sexo. O que pode estar a acontecer é que o excesso de ternura no relacionamento termina por infantilizar vocês dois. Apelidos carinhosos são característicos de muitos casais, mas muitas vezes podem representar uma certa infantilização, principalmente quando são apelidos que damos à crianças.
            Quando a ternura é demais o desejo pelo sexo pode diminuir. Sexo tem mais a ver com excitação e carícias que trazem sensações físicas. Não que não possa haver ternura no sexo, aliás, é até melhor. Só que se o carinho está a serviço da infantilização prejudica a vontade pelo sexo. É preciso não ter preconceitos e ver que sexo tem que ser visto e vivido como sexo. Muitos casais demasiadamente carinhosos e se chamando por apelidos como pai e mãe, bebê e por aí vai estão na verdade prestando um desserviço à suas vidas sexuais.
            É bom e saudável que vocês se dêem bem e que queiram cuidar um do outro. Apenas veja se esse cuidado recíproco entre vocês está de acordo com o contexto de um marido e esposa e não como se se tratasse de algo que os infantiliza. Avalie também como você e seu marido vêem o sexo e não tenham receio de fazer sexo quando tiverem vontade. Há momentos para sexo e momentos para ternura, é uma questão de saber equilibrar.

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