segunda-feira, 22 de julho de 2013

Assimilação Sexual Pelas Crianças


            Vivemos cada vez mais num mundo onde as crianças deixam seu estado infantil precocemente para adquirir uma sexualidade mais própria da vida adulta. Sexualidade é algo natural e deve ser sempre encarada dessa forma, inclusive pelas crianças. Porém há uma diferença entre a sexualidade infantil e a sexualidade do adulto que se dá de outra maneira e não é assimilada pelas crianças.
            Há, de forma geral, um estímulo para que as crianças deixem de ser crianças logo. Isso pode ser bastante problemático para o desenvolvimento psico-afetivo. A infância é um período de preparação para a vida adulta. Nem sempre o conceito de infância existiu na História. Na Idade Média, por exemplo, a infância como período de preparação não tinha lugar e desses jovens era exigido atitudes de adultos antes de o serem. Me pergunto se isso também não influenciou ter feito da Idade Média um período tão conturbado. Possivelmente sim. Sem a infância não podemos nos tornar verdadeiramente adultos.
            A sexualidade que se impõe hoje em dia aos jovens é intensa fazendo com que eles tenham que lidar imediatamente com assuntos que exigem tempo para assimilação. Sem esse tempo o corpo se torna erotizado ao extremo, mas a mente fica indefesa e assustada com tudo o que lhe é despertado. Resultado: adultos que não conseguem viver bem a própria sexualidade e transforma o sexo em algo ruim e sem sentido, é pura descarga física.
         Brincadeiras infantis, que também contém elementos de sexualidade de passível assimilação pelas crianças estão hoje, cada vez mais, fora de moda e em seu lugar fica as brincadeiras onde as crianças já não são mais crianças. O acesso fácil ao sexo através da TV, da internet e até das famílias torna o desenvolvimento sexual artificial e forçado e não mais algo de grande importância para o desenvolvimento da vida de alguém. O sexo transformado em banalidade forçada é algo prejudicial à vida. Rouba-se da criança criar uma sexualidade sadia e compreensível e põe-se em seu lugar uma sexualidade confusa e assustadora.

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