O fim de um relacionamento é um daqueles momentos que
mais trazem dor para o casal. Tudo começou bem, casaram-se, mas após algum
tempo as coisas começam a mudar e aquele amor que existia, aquele encanto que
inspirava, termina. Ninguém entende porque as coisas chegaram até esse ponto,
porém entendem que não dá mais, não há mais amor e nem aquela vontade de ficar
junto. Só resta então a separação e todo o dissabor e emoções negativas que ela
desperta.
É ruim quando algo que pensávamos ser para sempre,
termina. Mas é pior quando insistimos em algo que já não mais funciona e que
traz tanto desgosto. Há muitas pessoas que temem a separação, achando que não
conseguirão sobreviver a ela. Por causa deste temor insistem no relacionamento
de forma a tentar ressuscitar algo que já se foi e assim se machucam e se enganam.
Quando algo termina é preciso encarar a realidade e saber virar uma página da
vida para começar outra. Não dá para se enganar e fingir que o fim do
relacionamento nunca aconteceu. Isso é só adiar algo que inevitavelmente vai
acontecer e que quanto mais prorrogação houver vai trazer mais sofrimentos.
O que faz com que muitas pessoas fechem os olhos para não
ver o fim de um relacionamento é que sentem isso como um fracasso. Acham que
têm a obrigação de fazer as coisas darem certo, mesmo que seja à força.
Relacionamentos acabam mesmo, é algo natural. E muitas vezes aquela pessoa que
tanto nos encantou no passado e a pessoa que éramos não existem mais. As coisas
mudam e as pessoas também. E na grande maioria das vezes, quando um
relacionamento termina, nem existe culpados.
É apenas como os fatos e coisas se desenrolaram. Quem está vivendo um final de relacionamento
precisa ver que isso não é fracasso, mas parte da realidade da vida. Em muitas
religiões a separação é vista com desagrado, mas o durar para sempre até que a morte separe é um engano porque não
corresponde à realidade da vida. A separação é um direito e é bom que assim
seja pois permite que sejamos livres.
Aliás, haver a separação pode ser muito bom para
determinados casais. Eles podem ficar livres para continuar vivendo a vida e
procurar por alguém que realmente amem. Insistir com alguém que não dá mais é
ficar preso e se impedir de viver dignamente. Agora, por mais duro e por
quaisquer motivos que permeiam a separação, é necessário ter bom senso e não
deixar que sentimentos negativos como vingança e mágoa destruam a cordialidade.
Quando algo não se dá como queríamos tendemos a expressar muita raiva, mas isso
nunca ajudou ninguém e nem resolveu nada. Ter bom senso é conter as próprias
emoções e não deixá-las tomar conta de nossas mentes e ações.
Muitas vezes há até filhos envolvidos e se separar
demanda que haja mais cuidado ainda. Há muitos casos, e isso é triste, de
casais que em vias de separação colocam os filhos no meio tornando tudo mais
complicado e doloroso. Usar um filho na separação é um ato totalmente
prejudicial à criança que acaba se sentindo responsável por algo que não é de
sua responsabilidade. Por piores que sejam os ressentimentos envolvidos não
adianta apelar para o que há de mau, mas é preciso ser maduro e aceitar as
coisas e encontrar uma resolução satisfatória. Mesmo terminando um
relacionamento fica-se a aprendizagem que ele proporcionou. É possível haver
amadurecimento nesse processo doloroso dependendo de como cada um vai escolher
lidar com a própria vida.
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