segunda-feira, 18 de junho de 2012

Psicopata



            Muitas pessoas vêm perguntando se a mulher que matou o marido em São Paulo e depois o esquartejou é uma psicopata. Há a alegação de que poderia se tratar de legítima defesa, afinal existe relatos de que eles brigavam muito e ele já havia batido nela. A legítima defesa, como o próprio nome diz, é legitimo e ninguém é um psicopata só porque se defende. Preservar-se é um direito de todos. Agora fazer um diagnóstico é algo complexo demais e não deve ser levado levianamente. Porque, ás vezes, diagnosticar é o mesmo que rotular e isso é sempre um mau negócio.
            Porém, podemos pensar em alguns pontos sobre esse caso. Um psicopata, falando grosseiramente e de forma geral, é uma pessoa que não tem a capacidade de ver o outro como pessoa. Os psicopatas não têm a empatia, que é se colocar no lugar do outro e por isso mesmo eles conseguem matar ou destratar o outro com facilidade. Há vários tipos e graus de psicopatia, nem todos são iguais. Há aqueles que são assassinos, estupradores e serial killers, mas há também outros que não cometem nada que aparentemente seja tão grave, mas que não deixam de ser perniciosos como os corruptos, ladrões e os sádicos. Sim, um corrupto pode ser considerado um exemplo de psicopata, já que rouba o que é o dos outros ou da nação e traz muito prejuízo tanto financeiro como prejuízo moral que é até mais grave.
            Então podemos entender que uma personalidade psicopática é alguém altamente egoísta e que só se importa consigo próprio e jamais consegue ter uma mente emocional mais desenvolvida que permita enxergar o outro. Tem uma mente emocional bem primitiva e pessoas assim são bastante impulsivas e quando se sentem em desvantagem não hesitam em atacar da forma que for. Por sua primitividade não toleram o menor aborrecimento e passam por cima dos outros sem a menor consideração. São frios, pois negam os sentimentos já que os considera sinal de fraqueza. Eles negam o lado humano neles próprios e nos outros.
            Voltando ao caso da mulher que matou o marido podemos levantar a hipótese de que sim, ela se trate de uma psicopata. Arrisco essa hipótese, mas não arrisco um diagnóstico já que para isso é necessário muito mais informações e tempo. Aliás, eu não confio em diagnósticos de forma geral, acho que eles mais atrapalham do que ajudam, no entanto sei que há momentos em que eles são úteis e necessários. Levanto a hipótese que ela possa ser uma psicopata baseado em dois fatos principais. O primeiro é que ela não apenas matou o marido, mas também o esquartejou e isso é um sinal muito revelador. O assassinato por legítima defesa até tem explicação e entendimento, mas o esquartejamento não. Se trata de uma ação perversa e calculista, encontrada em uma psicopata. O segundo é que para ela conseguir realizar o esquartejamento ela precisou de quatro horas, segunda as informações da imprensa. Quatro horas realizando algo que faria a grande maior parte das pessoas tremerem de medo e nojo. É preciso muita frieza para isso. Alguns podem dizer que ela tinha formação em enfermagem e por isso teve ousadia para tanto, mas nenhuma enfermeira é treinada para matar alguém e depois esquartejar. Por essas duas características é que formulo a hipótese de que ela é sim uma psicopata.

Nenhum comentário:

Postar um comentário