segunda-feira, 11 de junho de 2012

Pessoas Zumbis



            Ultimamente há muitos filmes e seriados sobre zumbis. Zumbis são mortos-vivos que não têm nenhum sentimento que possamos chamar de humano e só querem saber de se alimentar do que for que estiver vivo na sua frente. O lado humano fica totalmente ausente e viram monstros que aterrorizam aqueles que ainda se encontram vivos. Essa estória de zumbi está fazendo muito sucesso porque é uma alegoria do que realmente acontece conosco.
            É claro que não há zumbis verdadeiros, pelo menos não daqueles que vemos em filmes, mas que há pessoas que se comportam como zumbis isso certamente há. Pessoas que deixam de lado sua humanidade e passam a agir de forma meio desconexa. Evitam sentir, se distanciam da empatia e acreditam que assim estão se protegendo. Grande engano. Agir assim só faz com que sentimentos nobres tais com compaixão, reparação, gratidão fiquem de fora contribuindo para piorar a qualidade das relações. Menos qualidade nos relacionamentos, mais zumbis são produzidos.
            Viver é sentir, se encantar e se emocionar. Quem tenta se afastar disso tudo morre, apesar de estar vivo, até porque a vida não é apenas se locomover e ficar andando de um lado para o outro, mas vida é acima de tudo se fazer humano, ou seja, sentir as coisas e lidar com as emoções. Aqueles que procuram matar seus sentimentos querem morrer.
            Nos filmes o enredo é sempre o mesmo: zumbis destruindo tudo o que vêem pela frente. E isso acontece também com aquelas pessoas que se comportam como zumbis. Elas destroem tudo e todos com sua falta de empatia. Passam a ser seres monstruosos que nada lembram o humano. Tornar-se um morto-vivo nunca é um bom negócio. É apenas uma fuga de quem se sente incapaz de viver como ser humano. O antídoto é nascer de fato para a vida.

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