Muito da nossa felicidade e bem estar depende de quanta
auto-estima temos. Auto-estima nada mais é do que ser capaz de nos amarmos e
nos aceitarmos como somos. Mas como é difícil tê-la. Na maioria das vezes
sempre somos muito críticos e até mesmo cruéis conosco.
Começamos a desenvolver a auto-estima na infância com os
nossos pais e quando estes são bastantes críticos com seus filhos acabam por
tornar muito improvável a construção de uma boa auto-estima. Geralmente os
pais, quando criticam, querem o bem e o sucesso de seus filhos e acham que apontar
as falhas frequentemente e até com violência os ajudam a se fazerem mais fortes
e decididos. Todavia é um engano, pois acaba sempre terminando num jogo de
acusações e leva as crianças a duvidarem do amor de seus pais e a acreditar que
se não atingirem o ideal desejado por eles elas terão fracassado em conquistar
um lugar no amor deles.
Inicia-se então um movimento bastante cruel. As crianças
tentam a todo custo atingir esse ideal, mas o que é ideal é sempre inatingível
e então só sobra mesmo o amargo sabor da derrota. Pensam serem de nada e sentem-se
incapazes de serem amados por simplesmente ser quem são. O amor dos pais
deveria ser gratuito. Devem amar seus filhos por serem seus filhos e não exigir
o que eles não podem dar e ser. Parece simples, pena que isso muitas vezes se
perca completamente no meio do caminho.
Já crescidos, esse filhos tornam-se pessoas com uma baixa
auto-estima. Não conseguem se amar verdadeiramente. Tornam-se amargas. Sempre
acham que lhes falta algo para alcançar a felicidade e muitas vezes nem aceitam
o amor que porventura recebem de outros. Sim, se uma pessoa está
impossibilitada de se amar ela não reconhece e nem valoriza o amor que vem do
outro. Passa a suspeitar desse amor. Afinal, por que outros a amariam? ela
pensa, já que está presa a sentimentos de menos valia. Só que viver sem amor
torna a auto-estima ainda mais baixa e isso vira um círculo vicioso.
Quem encontra-se nessa situação de baixa auto-estima deve
procurar ajuda para aprender a se ver com outros olhos. Não adianta culpar o
passado e nem mesmo os pais. Precisa desenvolver uma visão mais amorosa e humana
sobre si próprio e construir uma crença em seus valores e capacidades. Se no
passado sua auto-confiança não foi desenvolvida como gostaria e hoje se
encontra mal, não há problema. Não está tudo perdido. É se propor agora a
começar um trabalho sério para construir uma boa auto-estima e sair da prisão
que é sempre se achar por baixo.
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