Já me foi indicado pelos médicos eu fazer terapia, mas tenho dúvidas se isso pode mesmo me ajudar. Descobri seu blog procurando sobre terapia na internet e resolvi mandar essa questão para você. Por que falar sobre o que se passa comigo iria me ajudar? Acho melhor não tocar nisso e controlar tudo o que eu sinto. Só assim, penso eu, os problemas passam. Estou sofrendo de impotência e segundo os médicos que procurei não tenho problema nenhum fisiológico. Dizem que meu problema é de ordem psicológica. Mas não faço a menor ideia do que possa ser. Sempre tive uma boa vida, uma boa infância e nunca sofri nenhum trauma. Não tenho razões para nenhum problema psicológico. Acho que é só uma questão de saber que sou homem e mandar ver. Acho que terapia não vai servir para mim. Essa é minha opinião.
Se essa é sua opinião ela tem que ser respeitada. Não tenho desejo algum de te convencer do contrário. Ninguém deveria se sentir obrigado a fazer terapia. Ou você quer fazer ou não. É simples assim. No entanto, não sei se você está tão seguro assim da sua opinião, ou não teria me escrito. Ao me escrever fica claro que existe alguma dúvida em você.
Nosso corpo não funciona sozinho e separado de nossa mente. Muitas vezes os problemas de saúde que enfrentamos são apenas de origem orgânica, mas em outras eles vêm de nossa mente. Nosso psiquismo interfere em nossa saúde física. Quando é esse o caso não há remédio ou cirurgia alguma que dê conta e que faça sumir esse sofrimento. O único caminho é investigar o que se passa em seu interior, em seus pensamentos e emoções. Só que entendo que isso dá medo.
Preferimos que tudo possa sumir com algum medicamento ou operação, mas não funciona assim. Nos darmos conta do que existe dentro de nós é sempre um evento que desperta insegurança porque se trata de lidar com o desconhecido. A grande maioria das pessoas vive a vida sem nunca perceber o que realmente se passa dentro delas e, com isso, sofrem e vivem uma vida muito reduzida. Quando não conhecemos algo que é nosso, que está dentro de nós, esse algo tende a nos dominar. Veja um exemplo. Quando alguém tem um câncer pode procurar lidar com ele através de tratamentos e cirurgias, mas pode também fechar os olhos e fingir que ele não existe, esperando que ele suma por mágica. A tendência, óbvio, é que o câncer se expanda até dominar completamente tudo.
Já lhe foi dito que há algo em você que vem influenciando sua sexualidade e que não está no corpo, mas na sua mente. Você pode pegar essa informação e investigar ou pode simplesmente negá-la e fingir que nada tem a ver com você. Você tem o direito de ambas as alternativas. Afinal, a vida é sua e só você irá pagar o preço. Ninguém tem como tomar essa decisão por você.
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