Ele
era um jovem que morava no interior. Por ser filho de um domador de cavalos,
tinha uma vida quase nômade e muito simples. Mas ele sonhava com uma vida
diferente. Dormia nas cocheiras, trabalhava duro e, nos intervalos, à noite,
ele procurava uma escola ou professores para iluminar a sua inteligência.
Em
uma dessas escolas, certa vez, o professor pediu a cada aluno que escrevesse o
seu sonho, o que desejavam para vida.
O
jovem, tomado por um entusiasmo, escreveu sete páginas. Desejava, no futuro,
possuir uma fazenda e morar numa enorme casa. Desejava ter uma boa vida e
ajudar outros a estudar.
Tão
entusiasmado estava que não somente descreveu, mas detalhou com pormenores a
casa que sonhava morar, as cocheiras, os currais, o pomar de sua fazenda. Tudo
com grandes detalhes. Quando entregou o seu trabalho, ficou esperando, ansioso,
pelas palavras do professor.
Após
três dias, o trabalho foi devolvido com uma nota baixa. O professor lhe disse
que o seu sonho era absurdo. Imagine só, o filho de um simples trabalhador
iletrado. O professor disse que ele precisava entregar outra redação, desta vez
mais realista e coerente com ele.
O
jovem, voltou para sua casa, muito triste e contou ao pai sobre o ocorrido.
Depois de ouvi-lo o pai lhe disse que o sonho era dele e que cabia a ele
persistir no sonho ou troca-lo por outro.
Pensando
nisso o jovem, no dia seguinte, retornou a escola e voltou a entregar a mesma
redação dizendo que preferia ficar com uma nota baixa do que abrir mão do que
sonhara.
Essa
história foi contada para várias pessoas pelo dono de uma fazenda que mora numa
belíssima casa e é apoiador de um famoso colégio que ajuda muitos jovens. Um
dia, o antigo professor se apresentou, por ter identificado no proprietário da
fazenda o antigo aluno e confessou: “Fico feliz que tenha escapado da minha
inveja. Naquela época eu era um atormentado. Tinha inveja de quem sonhava.
Destruí vidas com meu rancor. Roubei o sonho de muitos. Ainda bem que não
consegui destruir o seu sonho, que faz bem a tantos. Sonhar, na verdade, é
belo. Tudo o que existe no mundo, um dia foi sonhado por alguém. Antes de algo
virar alguma coisa primeiro precisou habitar os sonhos.” (Autor desconhecido)
A habilidade de sonhar é vital em
nossas vidas. Quem não sonha não é capaz de realizar nada. Claro que não basta
apenas sonhar senão o sonho passa a ser mera ilusão, mas o sonho precisa ser
realizado. Realizar requer todo um processo que demanda tempo, paciência,
dedicação, persistência e tolerância às frustrações. Realizar os sonhos não se
trata de mágica, mas de muita inteligência para ir fazendo o sonho passar pelos
testes de realidade.
Sonho e ilusão não são a mesma
coisa. Ilusão não tem como existir, é apenas um produto mental. Sonhar,
entretanto, é o que nos motiva a concretizar algo, a criar algo. Primeiro sonhamos
para depois ir atrás. O sonho é só o ponto de partida. Já a ilusão é só ficar
preso no terreno das ideias sem jamais experimentá-las. Saber discriminar entre
esses dois é fundamental para viver ou fingir que se vive.
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