segunda-feira, 8 de abril de 2019

Há relacionamentos sadios e há os doentios




            Um homem encontra um conhecido e conta que se casou. O outro se surpreende e pergunta quando e como foi isso já que ele nada sabia. O recém casado diz então que um dia andava na rua e esbarrou com uma mulher Ele a xingou de besta, ela disse que besta era ele, ele devolveu que a mãe dela era de reputação duvidosa, ela retrucou que ele era um cão da sarjeta e xingamento vai e xingamento vem acabaram se casando. Uma piada essa história, é claro, mas pena que muitos relacionamentos são assim mesmo.
            Há casais que se odeiam, se maltratam e se desrespeitam quase que diariamente e mesmo assim permanecem juntos. Não é porque duas pessoas estão juntas em um relacionamento que isso é necessariamente bom e saudável. Existem relacionamentos doentios. Muitas pessoas ficam nesse tipo de arranjo por variados motivos, mas relacionamentos assim puxam os dois para baixo e podem tornar a vida intolerável e miserável. Não só a deles como também de pessoas que estão em volta deles.
            Não só o amor pode unir pessoas. Quando se trata de amor podemos falar de relacionamento maduros e respeitosos. Não tem como ser diferente quando é o amor que permeia a união e relação das pessoas. No entanto, ódio, vingança, ressentimento podem também ligar pessoas só que o resultado será sempre um relacionamento doentio. Há pessoas que se juntam para se odiar mutuamente e um jogar no outro a culpa pelas infelicidades que têm ao longo da vida. Isso torna o que poderia ser algo bom, belo e estimulante em algo degradante.
            Há até casais que preferem ficar juntos em seus ressentimentos mútuos do que se separar porque se assim fizessem não teriam mais a quem culpar e projetar as frustrações. Outros têm medo de se separar porque temem as mudanças que seriam exigidas. Ainda há também aqueles que não sabem viver relacionamentos sadios e bons, mas só conhecem os doentios e sobrevivem sem jamais imaginar que pode existir uma vida mais digna. Casar de verdade é muito mais do que apenas um ato de se juntar, mas é entender o que sustenta essa união.

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