Ao término de um ano geralmente temos o hábito de fazer
reflexões. Muitas pessoas usam essas reflexões de maneira cruel: sentem-se mal
e fracassadas em relação à própria vida e desanimadas sobre o que acontece na
sociedade. Utilizam-se das experiências de vida para se ressentirem. Só que
isso é puro impulso destrutivo. Devemos ser realistas, e não destrutivos,
quando fazemos nossas reflexões.
Este ano tivemos muita violência mundo afora e muita
corrupção nesse nosso país. Corrupção que pode ser tão ou até mais destrutiva
que muitos ataques terroristas. Desastres ecológicos de enormes proporções destruíram
muitas famílias e o ambiente. Fora as noticias de assaltos, estupros e violência
gratuita que nem contabilizamos mais. Tudo isso é motivo para nos desanimarmos
e perdermos a esperança de que algo bom posso advir desse bicho chamado homo sapiens ou desse mundo.
Entretanto, tivemos casos, nesse mar de más estatísticas,
de pessoas honestas e comprometidas com um mundo melhor. Gente solidária que
correndo riscos ajudam outros a crescerem. No Oriente Médio há pessoas lutando
para que meninas possam estudar e não só os meninos. Há vizinhos que salvaram
vidas com seu bom coração em todo o lugar do Brasil. Pessoas lutando por uma vida
melhor e por menos roubalheira e pouco caso. Há os que também tornam a vida dos
animais mais digna, protegendo-os dos maus tratos. Há boas notícias, mas nos
esquecemos delas.
Isso, de nos esquecermos do que é bom, ocorre porque
damos muito mais valor ao que é ruim. Nossos valores estão deturpados. Nos
perdermos em trocas de acusações, cada um, cada grupo se achando donos da
verdade, que não mais sabemos conversar, respeitar e cuidar. Digo sempre que
não é a política que precisa mudar apenas, nem as relações sociais, nem as religiões,
mas a maneira que nos relacionamos conosco e com os outros. O resto é
consequência. Nada adianta promover revoluções sociais se a mente é a mesma e
tudo se repete. Precisamos da revolução da mente e esta não requer violência, mas
a capacidade para pensarmos sobre como vivemos. Precisamos aprender a pensar
sobre o que fazemos com nossas vidas.
Gostei muito de ler tudo isso.Muito bom!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirFeliz Natal e que 2016 seja pleno de muita Paz.
Cida Nassar