O santo graal é descrito como a taça
que Jesus usou na última ceia. Como um objeto físico é considerado perdido e
por muito tempo, principalmente na Idade Média, foi procurado em vários
lugares. Queriam achá-lo por que acreditavam que quem o achasse seria cumulado
de incontáveis bênçãos divinas. Muitos levaram tão a sério essa busca pelo
graal que desperdiçaram suas vidas inteiras em buscar algo que existe de fato,
mas apenas metaforicamente.
É comum trocar o pensamento simbólico
por algo concreto. Símbolos necessitam de uma mente mais refinada e que se
proponha a pensar e não simplesmente acreditar que tudo está no plano físico. O
graal, essa taça mítica, existe verdadeiramente, porém como símbolo de algo
muito importante na vida. A busca pelo graal deve ser algo que nos oriente sim,
só que através do nosso mundo interno. Em outras palavras quem busca pelo graal
busca por si mesmo.
Nenhum objeto concreto e físico é
detentor de poderes divinos. Acreditar em relíquias santas é um pensamento
infantil que prima que algo de fora nos dá poder. Melhor transformar esse
pensamento primitivo em outro e procurar esse “poder divino” dentro de si
próprio, dentro da sua própria mente. É realmente uma pena que a maioria das
pessoas tenda a não acreditar que a própria mente é um dos maiores tesouros que
poderão ter na vida. Valorizam tanto o que existe externamente e se dispõem a
correr atrás de tudo o que lhe for alheio que esquecem de buscar e desenvolver
seus mundos internos.
Como taça, o graal, recebeu benção e
sabedoria. Porém, essa taça está disponível para qualquer um que se proponha a
encontrá-la dentro de si. Ou ainda melhor, para qualquer um que se proponha a
construí-la em si. Essa taça é a representação da nossa própria mente que
necessita ser sempre “buscada”. A jornada mais espetacular que alguém pode
empreender é a jornada interna. Só com a mente desenvolvida podemos aproveitar
a vida de maneira eficaz. Todos estão sempre convidados a buscar pelo graal,
contanto que sejam capazes de entender o que significa essa busca e o que ela
encerra. A verdadeira corrida pelo graal nos é sempre disponível.
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