Muitos acreditam que o papel da psicanálise é totalmente
diferente do que é na realidade. Alguns acreditam que isso é coisa de louco,
que se trata de algo para os manicômios. Outros que é coisa de fresco e de quem
não tem o que fazer. Alguns ainda vêem a psicanálise como algo mágico que vai
trazer soluções para suas vidas. Não só a psicanálise é frequentemente vista de
forma errônea como também há bastante preconceito para com ela.
A psicanálise não é só para os loucos, mas para o ser humano. É trabalho sério e não é mágica. Seu
papel é possibilitar a criação de um espaço onde uma pessoa possa vir a se
compreender. Parece pouca coisa, porém é algo grandioso e necessário. Quem não se
compreende se engana e adoece mais fácil. É que quem não se entende fica preso
em muitas armadilhas e fica fadado à
repetição. A psicanálise nos ajuda a dar um significado para o que acontece
internamente e que não é visto claramente.
Algumas vezes temos determinadas atitudes que nos causam
mal e pior do que isso é ficar sempre a repetir essas mesmas atitudes. No
espaço da análise pode-se encontrar o significado por detrás dessas atitudes,
saber da sua origem e com isso possuir meios para se livrar delas, para se
reconstruir de outra forma onde a vida é prazerosa. Ao dar um sentido a
sentimentos e emoções sufocados a psicanálise permite uma mudança na vida.
O benefício da psicanálise não é só individual, mas é
social também. Afinal, indivíduos mais saudáveis transformam o ambiente a sua
volta. Uma pessoa que se compreende e se reconstrói acolhe melhor seu mundo e
tem muito mais inteligência e sensibilidade para provocar mudanças que se fazem
necessárias. O preconceito que existe contra a psicanálise é devido ela buscar
a verdade e não a enganação. Se deparar com a própria verdade nunca é fácil e a
tendência de querer se enganar é sempre grande. No entanto, isso só forma
pessoas doentes e pessoas deste tipo contribuem de maneira negativa para a
sociedade. A psicanálise tem um papel importante a cumprir na dimensão
individual e na social.
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