Há dois tipos de dificuldades; assim muita gente acredita.
Não que haja realmente, como fato, dois tipos de dificuldades, afinal
dificuldade é sempre dificuldade. O que muda então é a forma que as
dificuldades são encaradas. Aí sim há duas formas de se lidar com elas. Uma
delas vai tornar a dificuldade pior ainda e algo intransponível. Porém, também
existe outra maneira que torna a dificuldade uma razão para lutar e tentar
resolvê-la.
Imaginemos alguém que passe por determinada dificuldade
que lhe causa transtornos e certo sofrimento. Esse alguém tem duas
possibilidades. Ou se entrega e desiste, perdendo completamente as esperanças
ou passa a fazer da dificuldade um estímulo para lutar e consegue alimentar
esperanças de poder sobreviver e se tornar mais forte com o que foi aprendido
nessa batalha. Agindo da segunda maneira a vida se torna possível e tolerável
enquanto agir através da perspectiva da primeira torna as possibilidades tão
limitadas que só nos resta sofrer e se lamentar.
Tal qual um náufrago que diante da imensidão assustadora
do mar pode ou desistir de lutar, sem a menor possibilidade de resistência ou
pode tentar nos limites de sua força continuar se mantendo vivo e esperar por
alguma boa sorte ou oportunidade. Vemos, então, que ser capaz de manter as
esperanças é algo de extrema importância para nosso bem estar. A vida sempre se
encarrega de nos trazer dificuldades, mas não precisamos acreditar que é só o
que a vida traz que importa, mas como reagimos também tem seu peso.
Quando somos capazes de poder ver a dificuldade como um
desafio podemos mudar muita coisa na vida. Afinal, desafios existem para nos
estimular a continuar em frente e aprendermos. Entretanto, ver dada dificuldade
como problema insolúvel nos faz vítimas e sem muitas chances de melhoras.
Avaliar como agimos e lidamos com o que a vida dá é fundamental, pois há
atitudes que favorecem viver bem enquanto outras favorecem o empobrecimento e o
sofrimento.
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