Semana passada um boato sobre o fim do programa do
governo federal Bolsa Família criou
toda uma série de confusões. Esse programa social funciona como um repasse de
renda para a população menos favorecida economicamente, portanto, ele é dado
para os mais carentes que dependem desse dinheiro e alguns dependem dele até
para poder sobreviver. Saber disso torna compreensível a preocupação dessas
pessoas com esse boato, mas o que se viu se tornou um show de indignidade.
A indignidade está na maneira com que os beneficiados
pelo Bolsa Família reagiram. Muitos foram a agencias bancárias e chegaram a
quebrar portas e caixas automáticos, ameaçaram gerentes e bancários e em alguns
lugares chegaram a depredar bens públicos. Enfim, um teatro de horror e indigno
de um povo que quer se dizer justo. É até compreensível a preocupação dessas
pessoas, mas não é compreensível e desculpável a falta de contenção que só leva
à violência.
No Japão há cerca de dois anos com o terrível
terremoto e tsunami que destruíram cidades e deixaram famílias inteiras
desabrigadas não se viu um único sinal de violência e depredação. Todos os
japoneses atingidos pela calamidade foram respeitosos com seus vizinhos e com o
bem público. Deram um exemplo de contenção e mostraram ao mundo que pessoas,
mesmo sofrendo, podem estar organizadas e fazendo com que as coisas funcionem.
O Brasil, em contraste, revelou uma população imatura e tais como crianças
mimadas, que quando frustradas fazem birra, mostraram o quão estão bem mais
propícias para a desordem do que para pensar sobre o que estão realmente
fazendo.
Conter as próprias emoções é importante porque significa
que o pensar pode se fazer presente. Quem não contem o que sente simplesmente
reage e isso pode ser bastante perigoso e destruidor. A pessoa madura diante da
frustração pensa sobre o que pode ser feito, ela não parte para a destruição. E
muitas vezes basta algumas pessoas descontroladas para espalhar o desespero e
descontrole num grupo de pessoas bem maior. Nessas horas pensar se torna impossível
e o que passa a existir é apenas a reação mais primitiva.
Toda emoção sem controle é como um furacão que só traz destruição por onde passa. O preço do descontrole é muito alto, pois paga a pessoa descontrolada e quem estiver ao seu lado. A educação sentimental é coisa séria e que precisa ser cultivada. Não se conter é falta de educação sentimental, que é dada pelos pais, familiares, professores, agentes da saúde e sociedade como um todo. Emoções são o tempero da vida, porém quando vividas de forma bruta e sem nenhum filtro se tornam perigosas e só fazem valer o que há de pior em cada um de nós.
Toda emoção sem controle é como um furacão que só traz destruição por onde passa. O preço do descontrole é muito alto, pois paga a pessoa descontrolada e quem estiver ao seu lado. A educação sentimental é coisa séria e que precisa ser cultivada. Não se conter é falta de educação sentimental, que é dada pelos pais, familiares, professores, agentes da saúde e sociedade como um todo. Emoções são o tempero da vida, porém quando vividas de forma bruta e sem nenhum filtro se tornam perigosas e só fazem valer o que há de pior em cada um de nós.
Sylvio do Amaral Schreiner
ResponderExcluirAs pessoas precisam mesmo serem educadas no sentido mais amplo da palavra.
Se houve essa reação das pessoas em face desse equívoco da mídia não está certo.Concordo.
Mas, sempre tem um mas.Não concordo também com esse modelo do bolsa família.
O programa " Carinhoso"por exemplo do governo federal é absurdo.Como dar ajuda a quem tem criança em casa até 6 anos de idade sem estipular ao mesmo tempo prazo desse programa.Sempre as mulheres e homens que não tem consciência vão ter um filho a mais para o "Carinhoso "ficar eternamente dando "carinho"
Isso não é beneficiar os pobres.Em programa sério beneficiaria ao contrário os que tiverem menos filhos.Isso é perpetuar a miséria e a mão de obra barata ou escrava.
Planejamento familiar e um salário digno, de no mínimo R$2.500,00(dado pelo Dieese)é o necessário para começar a exterminar esse cranco que invade o nosso país.
Temos que proporcionar escolas e não presídios;médicos ,trabalho,segurança, lazer.Não dar de mão beijada.Abrir os caminhos e as pessoas tem que ter motivação e escolha.
Esse seria o país que poderia enxergar a luz no fim do túnel.
O resto é sonho de uma noite de verão.