sexta-feira, 20 de julho de 2012

Pergunta de Leitora - Despida de culpa



Eu vivo um relacionamento muito bom com meu namorado. Estamos juntos há quase 1 ano e gosto mesmo muito dele. Acredito que ele também goste muito de mim. A minha pergunta é sobre sexo. Quando nós transamos ele gosta de falar palavrões e coisas que normalmente ele não fala no dia a dia. Ele gosta de me bater também, mas nada violento e que machuque, mas eu percebo que ele fica excitado ao fazer essas coisas. Eu não sei o que fazer. Para mim isso não é fazer amor. É algo meio que animal, algo meio grosseiro. Em alguns momentos até fico excitada, mas depois me sinto culpada e acho que estou me rebaixando. Fico assustada com essas coisas do sexo e não sei o que pensar. Tenho medo de fazer sexo e não fazer amor. Será que é certo eu deixar ele fazer isso comigo na cama?

            Creio que o motivo que a levou a escrever para mim foi pedir um tipo de autorização para poder se excitar na cama com seu namorado. Você diz que até se excita com o que ele desperta em você quando estão transando, mas o problema é a culpa que você sente por gostar disso. O sentimento de culpa te impede de aproveitar melhor a sua sexualidade.
            A culpa transforma algo natural em algo condenável. Esse é o seu caso, pois condena o sexo e exalta o amor como se um fosse vilão e o outro mocinho. Sexo também é uma parte da vida e algo perfeitamente natural, portanto não há nada mau nele. Seu namorado se excita com um pouco mais de agressividade no sexo e você também, por que não aproveitar o que vocês dois gostam e viver sem culpa? Por que sujar com as tintas da culpa algo da intimidade de vocês?
            Sexo é puro instinto e emoção, é algo primitivo. Quando você fala em fazer amor e não fazer sexo, você está inibindo seus impulsos sexuais e os condenando. É claro que o sexo pode ter amor, mas isso não significa que também não terá características mais agressivas e também excitantes. Você se empobrece quando insiste em só querer fazer amor e não querer fazer sexo.
            Numa relação a dois o que vale é o que cada um quer viver e deseja. Não existe uma coisa tal como uma cartilha do bom sexo, do que se pode ou não fazer, isso depende da decisão das pessoas envolvidas no ato sexual. Ao olhar para o sexo com mais naturalidade e menos condenação você vai se permitir conhecer seus desejos e vivê-los de forma mais tranqüila. Você não precisa da minha autorização para viver sua sexualidade e a de ninguém mais. Pode contar com sua mente para saber o que realmente quer e viver sem culpa.

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