De tempos em tempos sempre aparece na mídia alguém decretando o fim da psicanálise ou afirmando que esta não se trata de uma prática séria. Algumas décadas atrás uma importante revista do país estampou na capa uma fotografia de Freud, criador da psicanálise, meio rasgada com os dizeres de que a psicanálise já era. A verdade é que desde que foi criada a psicanálise sempre esteve sob os mais severos ataques dos mais variados tipos e origens, mas mesmo assim ela sempre encontrou lugar no mundo ajudando muitos a lidarem com seus sofrimentos que muito arrasam a qualidade de vida. No entanto, fica-se a questão do por que tanto ataques à psicanálise.
Saiu recentemente um livro de uma microbiologista brasileira com presença nos Estados Unidos difamando a psicanálise e técnicas milenares tais como a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) que cria base para práticas como a acupuntura, por exemplo. Infelizmente, há muitas pessoas que se dizem psicanalistas e acupunturistas por aí que não tiveram uma formação séria e que por isso mesmo, realmente, causam prejuízos nas vidas de inúmeras pessoas. Contudo, caluniar esses saberes sem discriminação alguma, como se tudo se tratasse de besteira, é algo imprudente e inconsequente.
A psicanálise foi criada entre o fim do século XIX e início do século XX por Freud para tratar justamente aqueles casos em que a medicina não conseguia nenhum sucesso e nenhuma compreensão. É que eram pessoas que sofriam de algo que não podia ser quantificado e identificado organicamente, mas a fonte de seu sofrimento se encontrava em sua subjetividade, ou seja, na mente. Porém, a mente não está num lugar especifico do corpo, ela não pode ser localizada fisicamente, não podemos tirar uma tomografia dela e apontar onde está o problema. Não há máquina que encontre a mente de uma pessoa, mas para isso necessita-se de outra mente. Só outra mente consegue captar, entender e se solidarizar com outra mente. O fator humano é fundamental.
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