segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

O que é um talismã?

      

        Muitas pessoas fazem uso de talismãs. Seja um pé de coelho, uma figa, uma pimenta, um olho aberto, etc. Quem faz uso desses objetos acredita que eles os protegerão de tudo o que for negativo e atrairão sorte e coisas boas. Algumas pessoas até se sentem mais confortáveis caso tenham algum talismã por perto e ficam preocupadas quando se veem sem seus objetos da sorte. Mas o que é um talismã e de onde surgiu a crença de que determinados objetos possam ser tão poderosos?
          A palavra talismã surgiu na Antiga Grécia. Originalmente, tinha um significado totalmente diferente do de hoje. Antes, a palavra telesma, que deu origem a talismã, significava sentimento de completude, ou seja, era tudo aquilo que nos dava a sensação de estar completo. Sabendo disso podemos e devemos ter nossos talismãs, mas agora eles não precisam mais ser encontrados em objetos externos e concretos, porém, podem existir no nosso mundo interno. Podem ser simbólicos.
          Um talismã no mundo interno nada mais é do que desenvolver a própria mente que, aliás, é o melhor talismã que existe de fato. Quanto mais desenvolvemos nossas mentes mais nos sentimos completos, não naquele sentido de que nada falta (que é irreal), mas no sentido de se poder viver autoconfiança e autoestima, lidar melhor com a vida e suas adversidades. Quanto mais nos desenvolvemos mais nos colocamos disponíveis para as boas experiências da vida e menos nos ligamos a funcionamentos que nos aprisionam. Ao usar a própria mente como talismã passamos a buscar a sorte e a felicidade. Não só buscar como também a criar.       
     Pelo autoconhecimento, infelizmente, ser algo tão pouco valorizado pela maioria das pessoas elas tendem a procurar sua sorte no mundo externo apenas. Terminam por valorizar objetos/pessoas que ganham “poderes sobrenaturais” e se esquecem de valorizar suas mentes, que são as coisas mais preciosas que têm. É mais fácil realmente valorizar aquilo que está fora e é palpável. A mente se encontra em outra dimensão, a subjetiva, e que demanda mais trabalho para ser encontrada. Quem se apega a objetos e os fazem de talismãs age como crianças que necessitam de determinados objetos considerados mágicos para se sentirem seguras. Ficam com medo de largar a chupeta, mas é preciso crescer e abandonar alguns pensamentos e substituí-los por outros mais inteligentes.

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