Colocar alguém no alto do pedestal é sempre um mau negócio. Seja na nossa vida pessoal e íntima ou na vida pública, quando alguém é colocado lá em cima é porque na verdade está havendo uma intensa idealização. Idealizar alguém é sair da realidade, deixar de ver fatos e elementos em prol das qualidades e características que se deseja ver. Toda pessoa idealizada está imbuída dos desejos e anseios de quem idealiza. A consequência, nesses casos, é sempre decepcionante. Uma hora a realidade se impõe e o ser idealizado cai rapidamente - e sempre custando muito.
Quando alguém fica apaixonado por outra pessoa acreditando que jamais conseguiria viver sem o objeto amado está, na verdade, idealizando. É uma paixão doentia e não uma paixão que traz vida. Uma paixão sadia convida a se abrir à vida, a se encantar e se tornar uma pessoa cada vez melhor. A outra paixão tem a ver com o desespero da idealização que faz do outro um ser mítico, quase possuidor de propriedades mágicas.
Na vida política atual está se passando por isso. Tem havido muita paixão, mas a paixão da idealização. Com a mesma rapidez com que essa paixão é despertada ela é também descartada. Aquilo que parecia ser a solução passa a ser um problema ainda maior. E o pior de tudo é que cair do pedestal é sempre um processo doloroso para todos. Há desdobramentos nocivos quando acordamos depois de um frenesi idealizado. A euforia sempre leva a uma depressão e quanto mais alta for a euforia, maior será a depressão em seguida.
Para abrir mão da paixão doentia é necessário encarar a realidade, não acreditar em salvadores. Deixar de ser criança. Crianças não têm noção do perigo e não estamos tendo noção do que estamos criando em nossa vida pública. Isso não vale só para os fãs de um candidato em particular, mas para todos os fãs de qualquer candidato, de qualquer partido. Torcida fanática não deveria ter lugar na política. Estamos correndo o risco de ver muitas conquistas que levamos tempo e sofrimento para obter serem regredidas.
Infelizmente essas conquistas foram superficiais e não se inscreveram internamente nas pessoas. São superficiais porque, se fossem internas de verdade, jamais arriscaríamos o que não podemos perder. É que crianças não sabem o valor das coisas e brincam com aquilo que, muitas vezes, pode vir a fazer mal.
Quando alguém fica apaixonado por outra pessoa acreditando que jamais conseguiria viver sem o objeto amado está, na verdade, idealizando. É uma paixão doentia e não uma paixão que traz vida. Uma paixão sadia convida a se abrir à vida, a se encantar e se tornar uma pessoa cada vez melhor. A outra paixão tem a ver com o desespero da idealização que faz do outro um ser mítico, quase possuidor de propriedades mágicas.
Na vida política atual está se passando por isso. Tem havido muita paixão, mas a paixão da idealização. Com a mesma rapidez com que essa paixão é despertada ela é também descartada. Aquilo que parecia ser a solução passa a ser um problema ainda maior. E o pior de tudo é que cair do pedestal é sempre um processo doloroso para todos. Há desdobramentos nocivos quando acordamos depois de um frenesi idealizado. A euforia sempre leva a uma depressão e quanto mais alta for a euforia, maior será a depressão em seguida.
Para abrir mão da paixão doentia é necessário encarar a realidade, não acreditar em salvadores. Deixar de ser criança. Crianças não têm noção do perigo e não estamos tendo noção do que estamos criando em nossa vida pública. Isso não vale só para os fãs de um candidato em particular, mas para todos os fãs de qualquer candidato, de qualquer partido. Torcida fanática não deveria ter lugar na política. Estamos correndo o risco de ver muitas conquistas que levamos tempo e sofrimento para obter serem regredidas.
Infelizmente essas conquistas foram superficiais e não se inscreveram internamente nas pessoas. São superficiais porque, se fossem internas de verdade, jamais arriscaríamos o que não podemos perder. É que crianças não sabem o valor das coisas e brincam com aquilo que, muitas vezes, pode vir a fazer mal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário