Me sinto mal com a vida que estou levando.
Engordei muito, muito nesses últimos anos e não venho fazendo nada para mudar.
é que não tenho força para mudar. Até tento, mas quando penso em fazer algo me
dá um desânimo. Eu comecei a dançar, mas parei. Acabo comendo salgadinhos no
almoço e janta. Faz tempo que não como uma fruta por preguiça. Salgadinho
parece ser mais fácil e sacia mais. Não faço exercícios e nem me arrumo mais.
Não sei o que me acontece. Estou com quase 30 anos e nunca namorei. Me sinto
feia e fora do mundo. A internet é a única coisa que me interessa e fico
olhando as mulheres bonitas e fico com inveja. Minha família não se interessa
por mim e nem as pessoas do meu trabalho. As vezes dá vontade de dormir e não
mais acordar. Acho que se isso acontecesse ia ser bem mais fácil. Não consigo
entender como as pessoas conseguem ter força pra viver bem. Me sinto um lixo.
Queria ter uma vida diferente mas como conseguir isso?
Por
que tanto auto-ódio? Por que se ataca com tanta violência e se desvaloriza? O
que mais vi em seu email foi um exercício onde você demonstra uma grande raiva
que sente de você mesma. Entender a fonte de tantos autos-ataques lhe é
fundamental para mudar de vida.
Você
vive cada novo dia como um grande tormento. É difícil encontrar gosto pela vida
desse jeito. Com isso você passa a ficar relaxada em cuidar de si própria, a
vida perde o sabor e haja salgadinhos para tentar compensar! O problema é que
nenhum salgadinho vai te saciar de fato, pois o que pode realmente te saciar é
dar um sentido na sua vida e sentido é algo que se constrói, se você se
permitir.
Em
vez de perder tempo se lamentando e sentindo pena de si própria poderia
procurar se entender melhor. Ao se entender poderá dar um sentindo para a sua
vida onde antes não havia nenhum. Você fica na internet olhando outras mulheres
e se ressente com sua condição. É preciso aprender a mudar de posição, de
espectadora para protagonista de sua vida. Se você não viver a vida que tem,
ninguém mais irá vivê-la por você.
O
fato de sua família e colegas não se interessarem por você não significa que
você deva fazer o mesmo. Com um analista que saiba te escutar você poderá
prestar mais atenção em si mesma e começar a desenvolver um interesse maior
naquilo que você pode viver em vez de se colocar de lado perante a vida. Ao
gostar mais de você própria poderá se desapegar do auto-ódio que hoje te
domina. Mas para isso é preciso deixar a preguiça e o comodismo de lado e se
propor uma mudança e isso só você poderá fazer, ninguém mais.
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