Segundo a tradição cristã a estrela de Belém surgiu nos
céus para anunciar ao mundo o nascimento de Jesus. Os Reis Magos a tomaram como
guia para indicar-lhes o caminho para chegar até ao recém-nascido e sem a
estrela eles não teriam conseguido encontrá-lo. Nos tempos após Cristo a
religião nova que se formava não se chamava Cristã,
recebendo esse nome séculos mais tarde, mas chamava-se O Caminho. Um nome, aliás, muito mais interessante, pois muito mais
significativo. Chamava-se assim já que propunha uma outra interpretação dos
preceitos religiosos judaicos da época que estavam “contaminados” pela
corrupção e mau uso. Então, segundo a tradição, a estrela indicou o caminho até
aquele que iria mostrar “o caminho”.
Pensando sobre essa tradição podemos aprender coisas
importantes para refletirmos em nossas vidas. Que se queremos chegar a algum
lugar é preciso trilhar o caminho, mas aqui o caminho não se trata de seguir
essa ou aquela norma religiosa, mas de construir um caminho pessoal para se
viver de fato. Quem não está de bem com a vida é porque se encontra “perdido”, está
fazendo mau uso de si mesmo e se encontra “corrompido”, ou seja, não sabe mais
como chegar ao seu mundo interno para poder fazer bom uso dele. Sem um mundo
interno a vida perde a graça e não tem sentido. Precisa-se, então, encontrar ou
reencontrar esse caminho que leve alguém a andar na trilha que permita viver de
um jeito mais favorável.
Para se achar o caminho uma estrela guia se faz
necessária e essa estrela pode ser encontrada dentro de nós mesmos. É aquele
lado saudável que existe dentro de nós e que nos dá esperanças de melhorarmos
tudo aquilo que não nos está bom. É aquela “luz” interna que nos faz sentir
vivos e batalharmos por uma vida mais digna. Na tradição, os Reis Magos eram os
únicos que conseguiram seguir o caminho indicado pela estrela. Eles eram
considerados grandes sábios do mundo oriental, porém podemos entendê-los como
sábios porque foram capazes de enxergar a própria estrela interna que jamais os
deixavam perdidos.
Aqueles
que têm acesso ao seu próprio mundo interno jamais se encontrarão perdidos,
pois se conhecem e sabem dos seus caminhos. O autoconhecimento é uma das
maiores riquezas na vida. Pena que seja tão pouco valorizado e muitas vezes até
desprezado. Esse menosprezo acontece porque o autoconhecimento não vem fácil e
nem é comprado no mercado, mas exige uma vida de prática para que ele venha a
ser conquistado e faça parte da forma que funcionamos. O autoconhecimento demanda
que trilhamos o nosso caminho.
O
fim de ano se aproxima e esse momento é sempre usado como um período de
reflexão, de um balanço do ano que se vai e das expectativas para o ano que se
aproxima. É um bom momento para que cada um encontre a sua estrela interna que
lhe mostre seu caminho. Uma boa oportunidade para cada um ousar achar seu
caminho e não mais ficar perdido. Tomar consciência da maneira como vem vivendo
e transformar aquilo que não traz nenhum crescimento para algo que seja enriquecedor.
Essa estrela é simbólica e existe em cada um de nós. Que possamos abrir os
olhos para ver o que realmente vale a pena e abandonar aqueles caminhos que não
levam a lugar algum. Que todos se iluminem internamente e descubram em si
próprios que têm uma vida que precisa ser vivida.
Agradeço a todos os leitores deste blog que o enriqueceram com seus comentários, dúvidas e sugestões. Desejo um bom fim de ano e um 2013 repleto de boas novas. Desejo, acima de tudo, que cada um encontre e deixe brilhar a sua estrela interna e que ela aponte sempre o melhor caminho para cada um seguir sua vida.
Entro de férias e retomo os meus escritos aqui no blog Mundo Vivo a partir de 11 de janeiro de 2013.
Boas Festas!
Sylvio do Amaral Schreiner
Agradeço a todos os leitores deste blog que o enriqueceram com seus comentários, dúvidas e sugestões. Desejo um bom fim de ano e um 2013 repleto de boas novas. Desejo, acima de tudo, que cada um encontre e deixe brilhar a sua estrela interna e que ela aponte sempre o melhor caminho para cada um seguir sua vida.
Entro de férias e retomo os meus escritos aqui no blog Mundo Vivo a partir de 11 de janeiro de 2013.
Boas Festas!
Sylvio do Amaral Schreiner
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