Ultimamente há muitos filmes e seriados sobre zumbis.
Zumbis são mortos-vivos que não têm nenhum sentimento que possamos chamar de
humano e só querem saber de se alimentar do que for que estiver vivo na sua
frente. O lado humano fica totalmente ausente e viram monstros que aterrorizam
aqueles que ainda se encontram vivos. Essa estória de zumbi está fazendo muito
sucesso porque é uma alegoria do que realmente acontece conosco.
É claro que não há zumbis verdadeiros, pelo menos não
daqueles que vemos em filmes, mas que há pessoas que se comportam como zumbis
isso certamente há. Pessoas que deixam de lado sua humanidade e passam a agir
de forma meio desconexa. Evitam sentir, se distanciam da empatia e acreditam
que assim estão se protegendo. Grande engano. Agir assim só faz com que
sentimentos nobres tais com compaixão, reparação, gratidão fiquem de fora contribuindo
para piorar a qualidade das relações. Menos qualidade nos relacionamentos, mais
zumbis são produzidos.
Viver é sentir, se encantar e se emocionar. Quem tenta se
afastar disso tudo morre, apesar de estar vivo, até porque a vida não é apenas
se locomover e ficar andando de um lado para o outro, mas vida é acima de tudo
se fazer humano, ou seja, sentir as coisas e lidar com as emoções. Aqueles que
procuram matar seus sentimentos querem morrer.
Nos filmes o enredo é sempre o mesmo: zumbis destruindo
tudo o que vêem pela frente. E isso acontece também com aquelas pessoas que se
comportam como zumbis. Elas destroem tudo e todos com sua falta de empatia.
Passam a ser seres monstruosos que nada lembram o humano. Tornar-se um
morto-vivo nunca é um bom negócio. É apenas uma fuga de quem se sente incapaz
de viver como ser humano. O antídoto é nascer de fato para a vida.
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